Músico juazeirense será ouvido amanhã (12) em processo que apura denúncia de Atentado Violento ao Pudor contra criança, feita há 12 anos

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Um exemplo de lentidão da Justiça. O PNB teve conhecimento sobre o processo judicial, de número 0002298-56.2007.8.05.0146, que apura um caso de Atentado Violento ao Pudor, hoje crime análogo a Estupro de Vulnerável, que tramita há 12 anos na Vara Crime de Juazeiro.

A vítima, aluna do Colégio da Polícia Militar, na época com 10 anos, acusou um homem de 30 de tê-la abordado com o intuito de que ela pegasse no seu órgão sexual.

Entenda o caso: Segundo consta na denúncia, no dia 24 de julho de 2006, a criança e mais duas colegas de escola, foram até a residência de uma historiadora, em Juazeiro, com o objetivo de entrevistá-la para um trabalho escolar. Chegando na residência, o grupo foi recepcionado pelo filho da historiadora, o músico Fred Pontes, que estava usando apenas uma toalha de banho.

O músico teria orientado a criança a subir até o andar de cima, afirmando que sua mãe estava a espera dela. As demais alunas permaneceram no térreo da casa. De acordo com a vítima, assim que ela subiu a escada Fred Pontes pediu que ela entrasse no seu quarto para ajudá-lo com um problema que estava ocorrendo no computador. A menina contou que tentou dar algumas explicações e que logo após, Fred colocou a mão dela na toalha, com o intuito de que ela pegasse nos seus órgãos sexuais.

Ainda de acordo com o relato da vítima, ela desceu as escadas apavorada e chamou as colegas para saírem da residência. O grupo esperou a mãe de uma das garotas, na porta, contou o ocorrido e a partir daí foi prestada uma queixa na delegacia de polícia, rendendo um processo judicial.

12 anos se passaram e até agora, o processo está inconcluso, gerando a sensação de impunidade nas famílias envolvidas.

O acusado já foi ouvido no processo e negou que tivesse pedido ajuda a menina com o problema do computador e  que também não pediu para que ela pegasse no seu órgão genital, mas confirmou que orientou a mesma a subir para falar com sua mãe. Fred Pontes confirmou que estava de toalha e que quando subiu com a menina, deixou-a esperando por sua mãe no corredor. Ele disse que estava indo para o banho, mas esqueceu o sabonete e quando passou para o quarto no intuito de pegá-lo, estava despido e que por isso, a menina que o viu nu, se apavorou e fez a acusação.

Segundo informações que obtivemos, uma nova audiência deste processo está prevista para amanhã (12) de abril, às 9h30.

A denunciante e as colegas, que estavam com ela do dia do fato, atualmente moram em outras cidades.

Nós tivemos contato com uma delas, que aos 23 anos de idade, lamentou a impunidade e apenas disse:

“Pra falar a verdade, achei que ele já tinha sido punido. A sensação de impunidade é horrível. É revoltante porque isso dá liberdade para que ele faça com outras pessoas. A situação foi bastante constrangedora, mesmo não sendo comigo. Era todo mundo criança e ninguém tinha maldade”, declarou uma das colegas da vítima.

Nós também conseguimos falar com a vítima, que preferiu não se manifestar sobre o assunto.

O músico Fred Pontes ministra aulas em sua residência para adolescentes e jovens de “Formação Conservadora”, CFC, que trata de política, moral e bons costumes, entre outros assuntos.

O PNB entrou, por duas vezes, em contato com o advogado da vítima, mas ele não retornou a ligação.

Contra o acusado já foram prestadas queixas na Polícia Civil em Juazeiro e Petrolina, que foram publicizadas no Preto No Branco.

Em um dos casos, quando Fred Pontes foi acusado de agredir uma jovem pelas redes sociais e alertado sobre o risco de responder a processo judicial, ele respondeu: “Vc sabe a qts eu respondo?” 5

Confira reportagens anteriores:

Radialista denuncia músico Fred Pontes por agressão numa emissora de rádio, em Juazeiro 

Músico Fred Pontes é acusado de agredir uma jovem pelas redes sociais

Músico juazeirense Fred Pontes é denunciado, mais uma vez, por comportamento agressivo

Da Redação

4 COMENTÁRIOS

  1. Isso é inaceitável ! acho q ñ existe justiça para deter esse sujeito q é um perigo social. Estamos vivendo um estado de sítio nesse país.

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