
Ministro Ricardo Barros vai reforçar, em evento da OMS, a preparação do país para os Jogos e o comprometimento em dar continuidade às ações de prevenção e controle do vírus Zika
“Na assembleia, vou deixar claro que turistas e atletas podem vir ao Brasil. As condições propostas quando nos candidatamos para receber as Olimpíadas estarão garantidas. Esse é um dos compromissos assumidos pelo presidente Michel Temer e cada pasta tomará as providências necessárias para cumprir o que foi acordado”, explica o ministro Barros. “Não há dúvida que os visitantes possam vir ao Rio de Janeiro sem nenhuma preocupação com as questões de saúde e, especialmente, com o vírus Zika, pois nós estamos desenvolvendo um trabalho de controle e avançando no combate ao mosquito”, completou.
O Aedes aegypti também será prioridade nos diálogos estabelecidos pelo Brasil durante o evento. O objetivo é buscar experiências exitosas no combate, de modo a avaliar alternativas para o caso brasileiro, com foco em novas tecnologias. “Esse mosquito transmite a dengue, chikungunya, o vírus Zika. Vou aproveitar a reunião em Genebra para conversar com os gestores de países que já conseguiram controlar o vetor, e, a partir daí, colocar em prática aqui no Brasil essas experiências bem sucedidas”, esclarece o ministro.
O encontro tem como tema central a Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável – pactuada mundialmente em 2015, em substituição aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – que é objeto de uma resolução a ser discutida e votada. Também serão tratados assuntos relacionados à obesidade infantil, aleitamento materno, doenças transmissíveis como HIV, DSTs e hepatites virais, resistência microbiana (a antibióticos) e emergências em saúde (entre as quais se destaca a epidemia de Zika e microcefalia). Além do evento principal, a assembleia contará com reuniões bilaterais e multilaterais, bem como eventos paralelos.
EDIÇÃO ANTERIOR – Durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada no ano passado, o Brasil participou de encontros bilaterais e reuniões paralelas para o estabelecimento de diálogo e cooperação com outras nações, como Argentina, Suriname, Estados Unidos, Bélgica e os integrantes dos BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul). Também foi realizado evento paralelo com a Unitaid, organização transnacional, criada pelos governos do Brasil, Chile, França, Noruega e Reino Unido, voltada para o acesso a medicamentos de HIV/AIDS, Malária e Tuberculose em países em desenvolvimento.
Por Priscila Silva, da Agência Saúde