Os hipócritas e a luta contra a corrupção por Clériston Andrade

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Derivada do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, a palavra hipocrisia denota a tentativa de fingir crenças e valores numa representação meramente voltada às aparências.

Dito isto, vamos nos referir aos hipócritas modernos. No Brasil, eles foram às ruas em milhares, centenas de milhares, milhões. Na sua representação, fingiam que estavam lutando contra a corrupção e procurando construir um país honesto.

Era só aparência. Na verdade, eles queriam mesmo era tirar o PT do poder e, para conseguir o intento, qualquer que fosse o subterfúgio lhes valia. Até pedalada fiscal poderia servir ao discurso hipócrita, sem que nem os “atores da Paulista” soubessem muito bem o que isso significava.

Dilma caiu e, com ela, a máscara dos que empunhavam as bandeiras da honestidade. O governo impostor de Michel Temer fez o serviço do desmascaramento dos hipócritas ao rechear seu ministério de investigados da Lava Jato.

Nesta segunda-feira, 23, a Folha de São Paulo estampou na sua primeira página a revelação das gravações de conversas entre Romero Jucá (PMDB), senador e ministro do governo golpista, e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Nelas, escancarava-se o real objetivo do impeachment: deter a operação chefiada pelo juiz Sério Moro.

Escancarar, de forma literal, significa mostrar a cara. Um dos trechos da conversa, evidencia de maneira explícita a verdadeira face do golpe: “Temer é Cunha”, disse Jucá.

O enorme palco das representações da Paulista certamente não mais atrairá os hipócritas de plantão. Neste momento, calados, silenciosos, eles se ocupam justamente de esconder suas caras.

Nada mais poderia se esperar de gente com motivos tão falsos. Eles são chatos, de tão previsíveis.

Clériston José da Silva Andrade
Secretário Municipal de Educação e Esportes
Juazeiro-Bahia

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