E se a Beatriz fosse sua? À Covardia, pedimos CORAGEM! por Sibelle Fonseca

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“Interessante que agora o foco dessa mulher não é mais descobrir quem matou sua filha e sim tentar ‘denegrir’ o colégio!”

O comentário não parava por aí em asneiras e coisa ruim. Chegou ao Portal Preto No Branco e nós, por questões de bom senso, respeito e humanidade, vetamos. Como fazemos com toda manifestação covarde e anônima.

Sabemos que outros anônimos pensam como o autor do comentário, por isso resolvemos publicá-lo para responder à covardia. O comentário se referia ao vídeo, onde a mãe de Beatriz Mota, naturalmente emocionada, apresenta algumas supostas irregularidades e desapontamentos em relação ao Colégio Maria Auxiliadora, instituição religiosa de ensino, em Petrolina – PE, local onde sua filha de 7 anos estudava e perdeu a vida, estupidamente assassinada.

Passados quase seis meses da tragédia , nenhuma solução. Parece que a cada dia fica mais distante e difícil desvendar o crime brutal. O que vemos são declarações vazias de delegados, suspeitas que não levam a nada, boatos espalhados por bocas maledicentes e muito silêncio dos demais poderes públicos e do Colégio, que só se defende da evidente acusação de estar negligenciado a segurança de milhares de crianças e adolescentes que estão sob seus cuidados. Lugar onde aconteceu o crime brutal e sem respostas, o colégio, apenas justifica sua posição passiva e omissa diante do caso.

Censuramos o comentário infeliz. E não se trata de vetar opinião diferente. Porque o comentário não traduz uma opinião, e sim uma expressão maledicente dos incautos. Não cabem comentários maldosos quando o assunto é a dor alheia. Ninguém é livre para julgar o comportamento de uma família que, massacrada pela perda brutal de uma criança, pede justiça.

E se a Beatriz fosse sua?

Censuramos a maldade e a omissão, sem o menor pudor. Censuramos a ruindade assustadora que a espécie humana é capaz de manifestar. Neste e nos demais comentários, que agora se somam a crueldade do crime.

É preciso ter algum DEUS no coração. O DEUS da compaixão, da empatia, da generosidade e da justiça, sobretudo.

Uma mãe que sofreu o que Lucia Mota sofreu, não merece mais nenhum destrato. Nenhuma afronta, nenhum julgamento ou condenação. Qualquer conforto e esperança são poucos diante do que ela merece. O respeito a ela deve ser incondicional. A ela, a Sandro, a família e aos amigos que sofreram um golpe sem tamanho. Uma dor que nenhum mortal é capaz de imaginar e não merece.

Beatriz Mota estava dentro da escola que estudava, e seu pai ensinava, e foi apenas beber água. Sua mãe confiou na segurança de um ambiente religioso, familiar e pedagógico. Ambiente que deveria oferecer a máxima proteção – era o que todos acreditavam, pais, estudantes, professores, sociedade…

Um crime bárbaro em Petrolina, a terra dos Coelhos. A cidade sempre “tão bem representada” politicamente. A cidade de famílias tradicionais que formam uma sociedade tradicional, atingida pela tradicional incompetência e desaparelhamento dos órgãos de segurança e justiça em Pernambuco.

Uma vida ceifada, covardemente. Uma sociedade desprotegida, covardemente. A tradição da hipocrisia que se mostra, covardemente. Um desejo de justiça que não se faz, covardemente. Línguas ferinas e sem freios que agem, covardemente. Um assassino agindo às soltas, covardemente. Algumas chagas que se abrem na sociedade, covardemente! Uma dor que não passa, covardemente.

Para fazer frente a covardia que pegou Beatriz no Colégio das Freiras e que até os dias de hoje cercam o caso, pedimos CORAGEM!

Coragem , Lúcia e Sandro! Coragem, amigos de Beatriz Mota! Coragem, sociedade do Vale do São Francisco!

Por Sibelle Fonseca

20 COMENTÁRIOS

  1. Muito sábia Sibelle Fonseca vc reapresenta a dor dessa família e de todo vale é de pessoas como vc na imprensa que precisamos que sabe muito bem ter a empatia do outro as pessoas precisam ser resilientes um forte abraco

  2. Parabéns pela matéria, disse tudo as pessoas estão se importando só com o seu, não sente a dor só outro…toda mãe antes de acontecer o caso de bia, confiava em seus filhos soltos na escola, Pq a escola é proteção, escola era lugar seguro…. Lucinha ótima mãe atenciosa… Não merece comentários maldosos de quem não conhecia sua conduta.

  3. Parabéns pela matéria, não pode haver dor maior para uma mãe que é perder seu filho, mas existem inúmeras situações que nos assombram , mas que são comuns no dia dia, uma acidente etc. Mas nunca esse uma inocente ser assassinada e tão brutalmente. Só em imaginar que poderia ser uma das minhas filhas quando estudavam lá. Fico chocada. Enquanto mãe de ex aluna daquele colégio eu não conseguia entrar e sair sem me atrapalhar, não me canso de pensar que quem entrou ali e pra ticou o crime conhecia muito bem as dependências do colégio. No mínimo as estudou…

  4. Uma amiga minha de faculdade, inclusive evangélica e mãe de duas lindas meninas e que trabalha nesse Colégio fez essa infeliz colocação. Fiquei em silêncio, e pedi a Deus tem misericórdia dela Deus por tamanha insensibilidade. Essa dor inimaginável e ela pode ser sentida espressada da forma que ela poder. Nada chega perto do está mãe está vivendo.

  5. Sibele você representa Beatriz Mota você representa a família linda que Lucinha e Sandro tem. Você me representa, eu sou uma pessoa qualquer sem vínculo familiar nenhum com Beatriz mas tomei essa dor para mim e não vou me calar não vou parar de lutar por justiça. E a essas pessoas pobres de espírito eu só lamento e entrego a Deus pois ele sabe e tudo !
    Lindas palavras você falou com o coração

  6. Parabéns, Sibelle, vc sim me representa e não pessoas que ,insensivelmente, julga uma mãe que perdeu sua filha em um ambiente que ela considerava a segunda casa de sua filha. Q Deus proteja essas pessoas que julgam sem nem pensar na dor q essa mãe está passando!!! Beatriz é filha de Sandro e Lucinha , e ela fosse sua filha???? Gostaria de ser julgada na mesma medida q estão julgando essa pobre mãe sofrida??? Sem mais palavras.

  7. Parabéns,Sibelle, mais do que tudo é preciso justiça,vamos acreditar em DEUS e tdo. vai ser resolvido e esses boatos maldoso feito a família é descabível não devemos nem dar ouvidos e sim clamamos junto com essa família pela justiça de DEUS porque pelas dos homens estou desacreditada.

  8. Bom, não da pra se colocar no lugar da mãe de Beatriz nem por um minuto, já que ela vê se misturando a dor da perda, do roubo da vida de sua filha mais a injustiça evidente e a justiça falhando mais ainda, se essas dores separadas já doem muito, juntas são insuportáveis… Eu apenas entendendo a dor dessa mãe e rezo para que isso não aconteça, entendo alias que seu protesto não é contra ou pro o colégio, é um pedido de justiça, de pedir pra não deixar passar em branco, já que justiça é a única coisa pela qual ela ainda pode lutar.

  9. Excelente texto; Ainda não havia lido nada q expressasse de forma tão sábia e empatica o sentimento desta mãe e a necessidade de apoio a ela. Parabéns!!

  10. Parabéns Sibelle pela sua grandiosa matéria. Pela coragem de falar e transmitir o que o entrava nossos corações doloridos. Corações que sofrem com Lucinha e Sandro a injustiça nítida dessa cidade a qual nasci e hoje silencia diante desta barbárie. Não há um dia sequer, em que não aguardemos RESPOSTA.Não vamos parar de esperar e lutarmos .Somos coragem, Petrolina. Somos coragem , sim.

  11. Eu estava com minha netinha assistindo uma feira Cultural, do colégio São Lucas, Sobre meio Ambiente, em Picos e por alguns segundos descuidei dela pra tirar umas da minha filha e mãe da mesmo e de repente me veio a lembrança dessa criança barbaramente assassinada, num evento como aquele e me assustei. Um segundo talvez pra tirar uma foto e um crime acontece. quem iria imaginar. Belo depoimento, mas um Psicopata não tem classificação social, ele está em qualquer lugar. Infelizmente ele estava lá, a espreita como um devorador. Pode ser qualquer um, mas vai prestar contas com Deus. E aos pais a força de Deus pra suportar tamanha tragédia.

  12. Parabéns Sibelle, com certeza quem escreve esse comentário nao tem filhos e olhe la se tem mãe, essa pessoa deve ter vindo numa cegonha, pois uma mãe jamais ira colocar uma coisa dessa no mundo, falta de respeito com uma mãe e um pai que perderam uma filha assinada por selvagens

  13. Obrigada Sibelle, disse tudo! Já não aguentava mais ver comentários maldosos e opiniões insensíveis de pessoas que tentam colocar panos quentes nessa tragédia sem poder responder à altura.E digo: Vc nos representa!Representa a memória de Beatriz! Me faz acreditar na humanidade! Não dá mais pra ficar lendo noticias com comentários tendenciosos e maliciosos de alguns Blogs da região que a gente sabe que foram comprados pela escola para tentar Maquiar a imagem da mesma e que apenas preza pela tradição e pelo nome da Instituição acima de tudo, com seus 90 anos de história manchados com sangue inocente!

  14. Não saber se colocar no lugar do outro, nem numa situação de tão grande dor, não é do “estágio humano”.
    A vida segue e talvez a misericórdia divina o permita entender o que é dor e que a vida e o direito a ela são maiores que qualquer instituição. Talvez esse alguém fale por conveniência, por interesses. Não ha nem sombra de amor em quem questiona e julga a pessoas como Sandro e Lucinha. Mas lembre que a vida segue e agora online. Freiem suas maldades, por que o tamanho dessa dor, não é suportado por fracos, por medíocres nem por hipócritas. É preciso ter alma, ter coração e muito amor, é preciso ser gente, para buscar forças e seguir numa luta que poderá servir para inibir que crimes assim, voltem a acontecer, inclusive com os filhos de vcs, que se julgam acima disso, por que pela filhinha deles, eles ja não podem lutar.

  15. O que mais queremos é vê os culpados pagando por esse ato tão demoníaco.O que podemos fazer é Clamar a Deus na sua grandiosidade para fazer justiça.Porque esses delegados e autoridades de Petrolina são imensamente incompetentes.

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