A saúde de João de Juazeiro e os mil reais por Sibelle Fonseca

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É muito curto o que vou dizer.
Reconheço e valorizo todo e qualquer tipo de campanha do bem, que motive a solidariedade, a fraternidade.
Aplaudo e participo de iniciativas assim.
Mas me causou perplexidade a campanha que pede o valor de mil reais (R$ 1.000) para que nosso João Ferreira, cidadão juazeirense dos mais queridos, possa fazer um procedimento cirúrgico, que me parece simples.
Ele, como eu e milhares de brasileiros e juazeirenses, usuários do SUS – Sistema Único de Saúde, temos o DIREITO à saúde. O município tem o DEVER de oferecer este serviço.
Que procedimento de tão baixo custo é este que somente é feito no hospital Unimed?
Não sei qual o procedimento, mas pelo valor percebe-se que não é algo de alta complexidade.
E mesmo que fosse. Se o município não oferece o serviço, é obrigado a custeá-lo e garantir o tratamento do paciente no serviço particular. Dentro ou fora do município.
Já que a rede pública não disponibiliza o procedimento, que ele seja garantido a João e aos demais usuários do SUS que aguardam por algum tipo de exame, medicamento ou cirurgia, há meses e até anos. Conheço alguns casos semelhantes. Atendê-los não seria um favor, uma caridade, mas um DIREITO, repito!

Ainda bem que João tem amigos como Mauriçola e tantos outros que se sensibilizam e lançam campanhas para ajudá-lo.
E quem não tem, como fica?
O compositor já havia afirmado que o dinheiro arrecadado na primeira campanha pagou os exames de tomografia e ultrassom. A rede pública também não disponibiliza esses exames?
A atitude é louvável, caridosa, mas a campanha acaba também dando um diagnóstico da saúde no município de Juazeiro, que não difere de outros tantos municípios brasileiros.
Eu, como usuária do SUS, sem nenhum plano de saúde particular, fico morrendo de medo de precisar de uma cirurgia de mil reais, de mais reais.
Atender a João é urgente!
É urgente prestar atendimento a tantos outros na mesma situação.
Como é urgente salvar a SAÚDE pública!
Há aí o “perículum in móra, digo, o perigo da demora.

E eu fiquei curiosa … Que exame é este?

Por Sibelle Fonseca

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