Filipe Kupi era um jovem de 19 anos cheio de sonhos que o motivaram a sair da sua cidade, Senhor do Bonfim-BA, para cursar Direito da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em Juazeiro-BA. Os amigos o descrevem como sinônimo de felicidade, compaixão e comunicação. “Ele era uma pessoa maravilhosa, inteligente e que tinha um futuro brilhante pela frente. Ele gostava de desafio” disse Ana Vitória, amiga de Filipe.
Mas na noite do dia 18 de outubro de 2015 ele teve os sonhos e a vida interrompidos enquanto travessava uma rua nas proximidades do terminal de ônibus em Juazeiro. Filipe foi atropelado por outro jovem que, segundo o advogado Murilo Ricardo da Silva Alves, “estava em velocidade altíssima”, arremessando o corpo de Filipe quase 100 metros distante do local do acidente”.
Apesar disto, após mais de um ano do acontecido, o caso continua sem uma resposta para a família e amigos da vítima, que chegaram a criar o grupo “Somos todos Filipe Kupi”, na tentativa de sensibilizar o judiciário e a sociedade através de manifestações que cobravam justiça para a morte de Felipe.
De acordo com a amiga de Filipe e presidente do Centro Acadêmico de Direito da Uneb, Sarah Noberto, o grupo vem conquistando alguns avanços. Uma denúncia foi aberta no Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o processo vem tramitando na Vara Crime de Juazeiro.
Os familiares e amigos conseguiram que a primeira audiência do caso fosse marcada para este ano.” A primeira audiência estava marcada para o dia 22 de Março de 2017, mas conseguimos colocar um assistente do Ministério Público, um amigo advogado, e conseguimos o exito de antecipar a audiência para o dia 10 de Novembro”.
Familiares e amigos de Filipe Kupi continuam afirmando que não querem vingança, e sim justiça para que isso não venha acontecer com outras famílias. “A gente tá lutando para que a justiça seja feita da forma que tem que ser, da forma que está na lei, para que a família, os amigos e a sociedade tenham uma
resposta e não convivam com a sensação de impunidade” ressalta Sarah.