Terceiro lugar no Campeonato Regional Nordeste de Bocha, o paratleta Emerson Rafael, conhecido pelos amigos como “besta magra”, ganhou vaga para participar da Fase Nacional do Torneio e está na luta para conseguir financiamento para conquistar esta meta: representar o estado na competição. Para isso, o atleta de bocha paralímpica busca arrecadar R$3.000,00 para realizar a viagem através do financiamento coletivo pela plataforma local Pague Pra Ver – #BestaMagraNoBrasileirao – http://www.paguepraver.net.br/projetos/detalhe/121.
Com menos de um ano de treinamento ele já apresentou excelentes resultados pessoais. São indiscutíveis assim sua dedicação, evolução e compromisso à bocha paraolímpica, disputada em Jogos Paraolímpicos desde a edição de Stoke Mandeville/Nova York, em 1984. Mas, esta modalidade esportiva já vem rolando há algum tempo pelo mundo mas sua origem remonta à Grécia e ao Egito Antigo, segundo especialistas. A versão adaptada da modalidade, que teve um antecessor nos Jogos Paraolímpicos com o lawn bowls (uma espécie de bocha jogada na grama), só passou a ser praticada na década de 1970 e já teve alguns nomes brasileiros em destaque como Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho”, que foram prata nos Jogos de Heidelberg, na Alemanha, em 1972, O Brasil já conquistou com o bocha cinco medalhas nos Jogos Paraolímpicos: três de ouro e duas de bronze.
O bocha é um jogo competitivo que pode ser jogado individualmente, em duplas ou em equipes, em eventos mistos na qual homens e mulheres tem competido juntos e igualmente nas Paraolímpiadas. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim) e a finalidade principal é encostar o maior número de bolas nessa bola branca alvo. Disciplina e foco estão vinculados a todos os benefícios que a prática esportiva organizada pode trazer e que foram alcançados por Emerson “besta magra” Rafael. Contudo, prevalece para o atrela o sonho de representar a cidade de Vitória de Santo Antão e o Estado de Pernambuco, além da possibilidade de participar da seleção brasileira na modalidade. Apesar desta realização estar próxima, ela depende de auxílio e patrocínio em virtude da falta de apoio do Governo do Estado, que por Lei deve patrocinar atletas em competições onde eles estejam representando o estado, nosso atleta está impossibilitado financeiramente de viajar ao torneio.
Esse descaso ainda se torna mais aparente em um período político e econômico conturbado e para este segmento tão carente. Por isso, Emerson “besta magra” Rafael busca apoio e patrocínio por meio do financiamento coletivo que só alcançou 11 incentivos até agora e arrecadou apenas R$ 320,00 do valor de R$ 3 mil necessário para a viagem para a competição.