Aécio pediu R$ 15 milhões, diz Marcelo Odebrecht

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BRASÍLIA, DF, 17.04.2013: PROMESSÔMETRO/DEM – O presidente e do líder do DEM na Câmara, senador José Agripino Maia (DEM-RN), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), durante apresentação do “promessômetro”, com um levantamento mostrando que o governo de Dilma Rousseff não entregou 74% das promessas previstas para 2011 e 2012. (Foto: Pedro Ladeira /Folhapress)

Em um depoimento de 4 horas ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral) ontem(1), o delator e ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014.
À época, Neves foi para o segundo turno, mas perdeu para Dilma Rousseff (PT).
Segundo o Estadão, ele disse que, em princípio, negou o pedido do tucano afirmando que o valor era muito alto, mas que o senador teria sugerido como “alternativa” que os pagamentos fossem feitos aos seus aliados políticos.
Após ser preso na Lava Jato, contudo, Odebrecht disse ter sido informado que o aporte financeiro acabou não se concretizando. Ainda assim, segundo ele, teria ficado definido no encontro com Aécio que o repasse seria discutido entre Sérgio Neves, que era superintendente da empresa em Minas, e o empresário Oswaldo Borges da Costa, apontado como tesoureiro informal do tucano.
Em seu relato, Odebrecht disse que só se recorda de doações oficiais para o tucano.
O valor bate com a planilha e a troca de mensagens de Odebrecht apreendidos pela Lava Jato e que mostram o repasse de R$ 15 milhões do departamento de propina da empreiteira ao apelido ‘mineirinho‘ que, segundo o delator Claudio Melo Filho, era uma referência a Aécio.
À Justiça Eleitoral, a campanha do senador mineiro registra doações que somam R$ 3,9 milhões da Construtora Odebrecht e R$ 3,9 milhões da Braskem, petroquímica do grupo empresarial. Ao todo, o PSDB recebeu R$ 15 milhões da Odebrecht em doações eleitorais em 2014.
O delator, contudo, não aprofundou mais sobre o assunto, pois o juiz auxiliar que estava conduzindo a audiência pediu a Marcelo que se limitasse ao objeto da Ação Judicial Eleitoral – repasses para a chapa Dilma-Temer, que venceu as eleições de 2014.
Fonte: Estadão
Foto reprodução/internet

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