Os terrenos abandonados espalhados por toda a cidade de Juazeiro-BA, ao longo dos anos, vem sendo motivo de transtornos para a população, que constantemente procura o Portal Preto no Branco reclamando da situação.
A grande maioria dos terrenos é de propriedade privada. São patrimônios esquecidos pelos donos que não cuidam do que é seu e nem da cidade onde moram. A Prefeitura por sua vez, não fiscaliza e não faz cumprir a lei. A falta de intervenção do órgão municipal, acaba promovendo esta situação tão corriqueira em Juazeiro.
Em dezembro de 2016, o portal publicou a denúncia de um morador da rua Tiradentes, Bairro Santo Antônio, que reclamava de um terreno não murado, que estava servindo de lixão. De acordo com o leitor, carroceiros usavam o local para despejar entulhos, árvores que foram derrubadas e até lixo doméstico.
Na ocasião procuramos a prefeitura, que informou através da Secretaria de Meio Ambiente e Ordem Pública, que iria enviar fiscais ao local para realizar a identificação e notificação do proprietário do terreno. A SEMAOP declarou ainda que iria solicitar ao proprietário a limpeza e a construção do muro do local.
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Desde então, três messes se passaram. Hoje (02) o Portal Preto no Branco, no seu deve de apurar, esteve no local e constatou que a situação continua a mesma. Nada foi feito! Além de comprometer a organização da cidade e colocar em risco a saúde dos moradores por conta do lixo despejado lá, o espaço é bem propício a ação dos mal feitores, que podem se utilizar do “esconderijo” para práticas criminosas.
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Outro terreno abandonado que vem sendo alvo de reclamações, está localizado no bairro Alagadiço. Também em dezembro de 2016, o portal publicou a reclamação de uma leitora que informou que o local estava servindo de esconderijo para assaltantes. “Não faz muito tempo que viaturas fecharam as duas ruas para cercar ladrões escondidos aqui. Os marginais escondem neste local produtos de furto. Até uma moto de um vizinho que foi assaltado aqui na rua, foi escondida no terreno. Além disso, não é nada agradável conviver com esta paisagem de lixo e doenças”, disse a moradora na época.
Na ocasião, a prefeitura respondeu que o terreno é de propriedade particular e que o responsável já tinha sido notificado e autuado. Mas, dois meses depois, o lixo dentro do terreno continua a incomodar e os moradores cobram ações e não apenas desculpas.
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Em fevereiro deste ano, outro morador do bairro nos procurou informando que a situação do local só tinha piorado. Segundo ele, o lixo jogado no local está servindo de criadouros para o mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, zica e chikungunya. “O lixo no terreno sempre incomodou os moradores das proximidades, ele atrai animais indesejáveis e agora doenças. No local tem pneus velhos, objetos que armazenam água e isso seve para focos de dengue, essa é nossa preocupação”, explicou o leitor.
Os terrenos abandonados continuam fazendo parte da rotina do município, enfeiando a cidade e colocando os moradores em risco. Quem paga o pato? a população, como sempre.
O Portal Preto no Branco questiona às autoridades competentes: até quando? Quem possuiu um terreno deveria ter condição e consciência cidadã de murá-lo e contribuir com o ordenamento da cidade. Ou não?
Da redação Por Yonara Santos