“Nossa situação é de impotência”, diz família da professora Joana Ramos sobre abandono do antigo prédio do CAPS

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No mês de julho do ano passado, o Portal Preto No Branco denunciou o abandono de um imóvel particular que vem servindo de esconderijo para marginais e espaço para uso de drogas,ameaçando a segurança dos moradores do bairro Expedito Nascimento.

Já foram registrados assaltos e até tentativa de estupro no local, que é próximo do ponto de ônibus. Na época a prefeitura nos enviou uma nota garantindo que iria identificar o proprietário e notifica-lo para que o mesmo realizasse a limpeza e cuidasse do imóvel.

A nota dizia ainda que, caso o proprietário não tomasse as providências, o imóvel poderia ser demolido e as despesas com a demolição e o recolhimento dos resíduos seriam atribuídas ao seu proprietário. Esta semana, novamente, alguns moradores nos procuraram reclamando que a situação continua a mesma.

Veja o vídeo:

Impasse:

O imóvel foi alugado pela prefeitura na gestão de Misael Aguilar para abrigar o serviço do CAPS- Centro de Atendimento Psico Social que lá funcionou por cerca de 13 anos. Quando o município encerrou o contrato com a proprietária, na gestão do Ex-Prefeito Isaac Carvalho, para se mudar para outro imóvel particular, deixou o local bastante depredado, como conta a família da professora Joana Ramos, dona do espaço.

“Enquanto o imóvel esteve alugado a prefeitura, na gestão de Isaac, recebíamos o valor do aluguel em dia, mas quando nos entregaram a destruição lá era grande. Pedimos para que nos entregasse como receberam, ou seja, em condições de ser alugado novamente. Nós não tínhamos condições financeiras de reconstruir o imóvel. Depois de muito desgaste e de muita luta, a prefeitura nos indenizou com um valor pago em 15 vezes e muito abaixo do que era necessário para reconstruir o imóvel”, esclareceu Janete Ramos, irmã da proprietária.

A Professora aposentada Joana Ramos, referencial na educação de Juazeiro e região, tem hoje 80 anos e passa por sérios problemas de saúde. Sua irmã conta que o valor do aluguel daquele imóvel, onde funcionou o Educandário São Francisco, importante instituição de ensino de Juazeiro, era a renda principal que custeava suas despesas com saúde. Com o prédio totalmente deteriorado, sem condição de ser alugado, a família perdeu sua maior renda e não tem recurso para reconstruir o espaço ” Nossa  situação é de impotência. Recebemos o imóvel destruído e o valor que pagaram de indenização não foi suficiente para fazer nenhuma reforma lá. Minha irmã é uma pessoa idônea, respeitada e com relevantes serviços prestados a este município. Se nós tivéssemos condições, já teríamos resolvido este problema que tanto nos causa aflição e aborrecimentos. O quadro de saúde de Joaninha até piorou com esta situação toda, mas investir naquele imóvel, seria tirar dela a mínima condição de vida e saúde”, ressaltou Janete.

Janete Ramos concluiu que a família, dentro das suas condições, está disposta a encontrar uma solução para o problema, juntamente com a prefeitura.

Enquanto as duas partes não chegam a um entendimento, os moradores reclamam, sofrem as consequências deste impasse e cobram uma solução.

Da redação Por Sibelle Fonseca

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