Artistas resolvem acampar no CCJG e despertam a atenção do Deputado Zó

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Na noite desta quinta-feira(2), depois de uma semana de recesso do carnaval, os artistas de Juazeiro(BA) que tinham pautas marcadas para para ensaios no Centro de Cultura João Gilberto, encontraram o espaço fechado. Eles entraram em contato com o agente de segurança que deveria está trabalhando, mas foram informados que ele resolveu parar o serviço por falta de pagamento do salário. De acordo com os artistas, este segurança e outros prestadores de uma empresa terceirizada que serve ao espaço cultural, já vinham ameaçando parar por conta dos salários atrasados. Quando os artistas pediram a chave do equipamento, garantindo que se responsabilizariam pelo centro, souberam que as chaves do equipamento público ficam com um vizinho, que guarda o veículo dentro da área do centro.

“Um absurdo que a chave do centro de cultura fique sob poder de uma pessoa que nenhuma relação tem com o equipamento público. Nós não podemos entrar no centro, mas um estranho ao ambiente tem as chaves. Isso é revoltante. Falta de respeito com a classe artística. Nós somos trabalhadores, vivemos da nossa arte e precisamos deste espaço para realizar nosso trabalho”, desabafou Elder Ferrari, Presidente do Conselho de Cultura de Juazeiro.

A gestora do espaço, Thâmara Medeiros Rocha, que assumiu em dezembro do ano passado, está de licença médica. Alguns artistas falaram a nossa reportagem que desde que a nova gestora assumiu o cargo, os artistas estão tendo divergências com a gestão e a comunicação com a direção está difícil.

Os artistas estão preocupados com a proximidade do Festival de Teatro Braskem, que acontecerá dentro de uma semana e será um evento importante e de visibilidade para a cultura do território. “Aqui existem vários grupos que estão com suas produções no evento e precisam ensaiar, se reunir. É muita falta de respeito com a classe. Os prestadores estão sem receber e isso a gestão tem resolver. Se a diretora está de licença, uma segunda pessoa deve assumir na ausência dela. Nós é que não podemos sair prejudicados. A cultura da cidade é que não pode parar”, também desabafou Deviles, ator e diretor de teatro.

 

O Deputado Estadual Zó,PCdoB, tomou conhecimento da manifestação dos artistas através do Preto No Branco e declarou apoio a classe artística “Tomei conhecimento através deste portal e já passei a situação para alguns contatos que tenho no governo, pedindo celeridade para as demandas do Centro de Cultura. Na manhã desta sexta-feira (3) eu irei ao centro conversar com os artistas, no intuito de colaborar para que o espaço funcione ativamente. O João Gilberto tem uma rotina dinâmica de atividades, é o único equipamento específico de arte e não pode parar. Temos que garantir as pautas normais e também nos preparar para o Festival Braskem. Os artistas precisam do espaço para dar andamento as suas produções. Um espetáculo demanda uma série de atividades anteriores. Eu já havia conversado com Elder Ferrari sobre uma série de problemas que vem acontecendo e agora, com esta situação da paralisação dos terceirizados, a situação se agravou porque sem eles não há condições de manter a casa em funcionamento”, declarou Zó.

Os artistas montaram acampamento na área externa do centro e planejam ocupar o espaço até que o Governo do Estado se manifeste.

Da Redação

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