Bacia do Rio São Francisco pode enfrentar racionamento de água

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O governo está avaliando a possibilidade de decretar racionamento hídrico na bacia do rio São Francisco. A Casa Civil está trabalhando na elaboração de um decreto que prevê as condições e os requisitos para a determinação de um racionamento de água na região, que abrange terras de mais de 500 municípios, em cinco Estados (Minas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas).

De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, um decreto já está sendo editado para estabelecer condições para o racionamento.”O governo, capitaneado pela Casa Civil, já trabalha com a hipótese de edição de um decreto estabelecendo as condições para a decretação de um racionamento hídrico na bacia do rio São Francisco”, conta.

Barata ainda afirmou que a ação acontece devido as condições climáticas que atinge a região há alguns anos. “Isso obviamente não é causado pelo setor de energia. As condições climáticas são bastantes adversas na região há vários anos, tendo se agravado tanto no ano passado quanto neste ano”.

A publicação do decreto não determina de fato a realização do racionamento, segundo Barata. Ele explicou que o documento só lançará as bases para a Agência Nacional de Águas (ANA) determinar um racionamento, quando achar necessário.

Ainda não se sabe ao certo qual seria o impacto do racionamento de água para todas as atividades. No caso do setor elétrico, segundo Barata, o efeito prático seria a redução da vazão do rio utilizada para geração de energia na hidrelétrica de Sobradinho (BA), dos atuais 700 m³/s para 650 m³/s ou 600 m³/s – na prática, as hidrelétricas da região gerariam menos energia que atualmente, para poupar água.

O reflexo da menor produção de energia hidrelétrica é a tendência de aumento do custo de operação do sistema, a partir do acionamento de mais termelétricas. Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou o primeiro patamar da bandeira tarifária vermelha para abril, com custo extra de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, para custear térmicas.

Com informações do Valor Econômico

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