O jovem de 25 anos preso por suspeita de envolvimento na morte do torcedor do Bahia na avenida Vasco da Gama em Salvador negou envolvimento no crime, segundo informações da Polícia Civil divulgadas em entrevista coletiva no final da tarde desta segunda-feira (10). A delegada Patrícia Brito, da delegacia de Homicídios, diz no entanto que testemunhas indicam Pietro Henrique Ferreira como um dos quatro envolvidos no homicídio.
Pietro foi preso na casa da mãe, no bairro do Garcia, por volta das 14h desta segunda-feira, por policiais do Departamento de Homicídios e proteção à Pessoa. Ele foi autuado em flagrante por homicídio, por conta da morte do torcedor do Bahia, e por tentativa de homicídio, porque uma outra pessoa foi baleada e sobreviveu.
Segundo a delegada Patrícia Brito, Pietro é estudante de Direito e também trabalha como motorista do Uber. Ainda de acordo com a polícia, ele já tem passagens por furto de veículos e briga generalizada. Pietro chegou a ficar 10 dias preso em fevereiro desse ano após se envolver em uma briga com torcedores do Bahia. Segundo a delegada, ele foi indiciado na época por roubo e agressão, já que uma das vítimas teve materiais pessoais roubados.
Segundo a polícia, o adolescente morto estava andando na rua com outros torcedores do Bahia, quando foram cercados por dois carros e dois ônibus da torcida Os Imbatíveis, do Vitória.
Segundo as testemunhas, Pietro estava em um dos carros com outras quatro pessoas. Após se ver cercado, o adolescente correu para o posto, mas foi perseguido, espancado e morto com três tiros. Os tiros, segundo a polícia, foram deflagrados por Pietro e outro homem que estava no carro e que está sendo procurado. Os outros dois que estavam no mesmo veículo não atiraram segundo as testemunhas, mas também são procurados.
Pietro seria apresentado à imprensa nesta tarde, mas o advogado dele, Antônio Glorisman, impediu, para preservar a imagem do suspeito, segundo a delegada. Ao G1, Gloirisman disse que Pietro foi ver o jogo com a namorada e com o cunhado. “Ele saiu do estádio às 18h40 e chegou em casa às 19h10. Foi direto e não se envolveu em confusão nenhuma”, destacou. O advogado ainda disse que a namorada de Pietro deve prestar depoimento nesta terça.
De acordo com a polícia, Pietro disse que fez parte da torcida Os Imbatíveis somente até fevereiro deste ano, quando foi preso. Ele disse que desde então não faz mais parte da torcida organizada, mas que continua indo aos jogos do Vitória.
A polícia diz que a vítima não foi um alvo marcado, já que não houve nenhuma desavença entre o torcedor morto com o suspeito preso, e que o crime foi cometido após uma briga entre torcedores do Bahia e do Vitória, no final do clássico.
Em depoimento à polícia, o preso disse que foi para a casa da mãe após o jogo e que não se envolveu em confusão. A delegada disse que testemunhas alegaram, no entanto, que ele estava em um carro que cercou torcedores do Bahia na Av. Vasco da Gama.
Fonte: G1.com
