O novo gestor do Centro de Cultura João Gilberto, Márcio Fabiano Bonfim, ainda nem foi nomeado, mas já tem à sua espera, um “problemão” para solucionar. Segundo informações que chegaram ao Portal Preto No Branco, os salários dos terceirizados que trabalham no Centro de Cultura João Gilberto voltaram a atrasar, sem previsão de pagamento. Em conversa com o portal, uma funcionária terceirizada que preferiu não se identificar, declarou que está sem receber os salários de dezembro do ano passado e março deste ano. “Janeiro foi pago no fim de fevereiro e só recebi o de fevereiro no fim de março. É uma situação muito complicada porque todos têm contas e quando elas atrasam o juros são enormes”, explica.
Ainda segundo ela, a gestão está definindo como vai pegar o salário do mês de dezembro, uma vez que os ordenamentos de 2016 não podem ser pagos com recursos de 2017. “A desculpa que estão dando é que o mês de dezembro de 2016 não pode ser pago com os recursos do ano 2017 e que ainda estão vendo como vai ser pago”, conta.
A funcionária também informou que a carga horária de todos os funcionários foi ampliada para atender as demandas dos artistas. “Estamos sem coordenação no espaço e por isso estão ocorrendo alguns desvios de funções. Isso é preocupante”, disse.
Desde o dia 2 de março, a gestão do centro vem sendo feita “à distância”, por uma servidora da Fundação Cultural que responde interinamente pelo equipamento em Salvador.
O cargo ficou vago em março, quando a atual gestora, Thâmara Medeiros Rocha, foi afastada por questões de saúde. Na época, os salários dos terceirizados atrasaram e alguns deles decidiram paralisar as atividades. No dia 2 de março, logo após serem impedidos de entrar no CCJG por falta de vigilância, um grupo de artistas deflagrou um movimento intitulado “Casa Aberta”, que durante cinco dias ocupou o equipamento cultural.
Uma das reivindicações era o pagamento dos terceirizados, além de um novo gestor para o centro.
O novo gestor já foi definido, através de uma escolha direta com a participação de representantes da classe artística, e vai assumir a casa assim que sair a nomeação no Diário Oficial, por indicação do Deputado Roberto Carlos.
Falta agora o Estado resolver a questão salarial dos terceirizados, que são imprescindíveis para o funcionamento do centro. Esta também foi uma promessa dos parlamentares Zó e Roberto Carlos, na época da ocupação do centro cultural.