A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff vai protocolar uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima segunda-feira (17), usando uma entrevista do residente Michel Temer à TV Bandeirantes como prova contra o impeachment. Segundo a defesa, o depoimento de Temer prova que o processo de impeachment teve desvio de finalidade em sua origem.
Na época, Temer relatou que o processo foi posto em prática por conta de uma divergência entre o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e três deputados do PT.
“Eu vejo o noticiário, dizendo que o presidente do PT e os três membros do PT se insurgiram e votariam contra (Cunha). Quando foi 15h da tarde, ele (Cunha) me ligou e disse: ‘Tudo aquilo que eu disse (de arquivar os pedidos de impeachment de Dilma) não vale, porque agora vou chamar a imprensa e vou dar início ao processo de impedimento’”, afirmou Temer.
O Conselho de Ética acabou aprovando a continuidade do processo contra Cunha. Para Temer, se o PT tivesse votado a favor de Cunha, “era muito provável que a senhora presidente continuasse”.
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