Um caixão simbolizando a morte dos direitos e criticando a reforma previdenciária, marcou o grande manifesto realizado em Juazeiro, no Norte da Bahia, nesta sexta-feira (28). O protesto faz parte da Greve Geral, movimento que está reunindo, em todo país milhares de pessoas insatisfeitas com as medidas do Governo de Michel Temer.
A manifestação pacífica contou com a participação de diversas categorias de trabalhadores rurais e urbanos. Durante a caminhada lojas da cidade fecharam as portas em protesto. Repartições públicas e os bancos também pararam as atividades. O vereador Agnaldo Meira (PC do B) e representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), tem se mostrado contrário as medidas adotadas pelo governo de Michel Temer e considera as reformas atitudes arbitrárias que poderão arrebentar com os direitos dos trabalhadores.
“Não podemos ficar de braços cruzados diante de toda essa barbaridade. Esses retrocessos representam a morte dos direitos dos trabalhadores. Temos que continuar lutando para manter todos os direitos conquistados ao longo dos anos”, afirmou o parlamentar.
A concentração foi realizada em frente a APLB Sindicato, e o protesto seguiu pelas principais ruas da cidade, paralisando o fluxo da ponte Presidente Dutra por algumas horas. Na ponte, houve o encontro entre manifestantes das cidades de Juazeiro e Petrolina-PE. De acordo com informações das Centrais Sindicais e da Frente Brasil Popular cerca de 20 mil pessoas participaram do protesto, nas duas cidades e 30 milhões pararam suas atividades em todo o país.
MANIFESTANTES: Um dos pontos protestados pela população, em todo país está sendo a aprovação da proposta da Reforma Trabalhista, realizado na noite da última quarta-feira (26), na Câmara dos Deputados, com 296 votos favoráveis e 177 contrários.
Agricultores familiares e assalariados rurais também participaram da Greve Geral. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro, Emerson José da Silva (Mitú), essa é uma luta de todos os trabalhadores, pois a aprovação das reformas trará inúmeros prejuízos a todos. ” Não admitimos a perca dos direitos conquistados pela agricultura familiar e pelos assalariados rurais. Somos contra a reforma trabalhista e da previdência, pois temos consciência de que essas medidas vão atingir em cheio os direitos conquistados”, finalizou Mitú.
Texto: Ascom Agnaldo Meira
Fotos: Joselito Tavares