Na manhã de hoje (24), foi realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em Recife-PE, uma reunião com o intuito de encontrar alternativas que ajudem a Polícia Civil do estado na solução do assassinato da menina Beatriz Angélica. A criança foi morta a facadas durante uma festa de formatura que acontecia dentro do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina-PE.
Os pais da menina, Sandro e Lúcia Mota, junto com integrantes do movimento “Beatriz Clama Por Justiça”, se reuniram com integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Participação Popular de Pernambuco, com a delegada responsável pelas investigações do crime e com os deputados estaduais Socorro Pimentel (PSL), Isaltino Nascimento (PSB), Terezinha Luz (PSDB) e Edilson Silva (PSOL).
O evento solicitado por Sandro e Lúcia, foi intermediado pelo deputado petrolinense Odacy Amorim (PT), que também esteve presente no evento.
Durante a reunião, umas das principais dificuldades apontadas pela delegada foi a divulgação das imagens do suspeito em âmbito nacional. “Pedimos em nome da polícia ajuda para uma campanha nacional, em todos os estados, nos jornais de abrangência nacional. Muita gente não tem acesso à internet. Temos que ter todas as formas e mecanismos de divulgação. Dessa forma a gente chega nele, sim. Eu tenho certeza de alguém vá conhecer. Temos algumas linhas de investigação, mas só vou saber a motivação certa quando a gente colocar as mãos nele e investigar. Tenho as imagens, mas não a identificação dele”, declarou Gleice Ângelo.
Para tentar solucionar este problema, a Comissão Direitos Humanos e Participação Popular de Pernambuco, junto com a Assembleia legislativa, se comprometeu em viabilizar a produção de um material em vídeo com imagens do acusado e números do disque denúncia que será disponibilizado nas redes sociais e no site da Al-PE.
A comissão também garantiu que vai entrar em contato com as assembleias de outros estados para nacionalizar a campanha. Além disso, os parlamentares vão discutir uma proposta de aumentar o valor da recompensa do disque-denúncia.
Outro resultado da reunião foi a criação de uma força tarefa, de um grupo de trabalho composto deputados dentro da Comissão Direitos Humanos e Participação Popular de Pernambuco, que será comandado pelo Deputado Odacy Amorim. “A gente vem acampando esse caso desde o início e sempre trabalhamos para que esse crime não fique no esquecimento no Vale do São Francisco. Tivemos aqui um debate importante, com indicativos importantes que nós vamos poder trabalhar daqui para frente”, declarou o deputado.
“Eu vou entrar em contato com o Procurador Geral do Ministério Público de Pernambuco para informar sobre os questionamentos da família e do vale do São Francisco. Inclusive era importante que o MP-PE tivesse participado desse encontro, mas não esteve. A gente precisa de uma posição mais concreta do ministério público”, finalizou Odacy Amorim.
