“As muriçocas em Juazeiro-BA são um problema de saúde pública e precisa de intervenção do Ministério Público”, afirma Djalma Amorim em entrevista ao Palavra de Mulher

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O professor Djalma Amorim em entrevista ao Palavra de Mulher na Web. Foto: Juliano Ferreira
O professor Djalma Amorim em entrevista ao Palavra de Mulher na Web. Foto: Juliano Ferreira

 

O Programa Palavra de Mulher na Web entrevistou nesta terça-feira (12), o biólogo e professor Djalma Amorim sobre o problema das muriçocas em Juazeiro-BA. Djalma foi enfático ao dizer que este “é um problema de saúde pública e que precisa de intervenção do Ministério Público”.

De acordo com o biólogo, o Ministério da Saúde preconiza que os municípios realizem seis ciclos de combate ao mosquito da dengue, o Aedes Aegypti e, por tabela, este serviço também combate outros mosquitos, porque os criadouros são comuns.

“Este trabalho é importante e deve ser realizado com rigor, cumprindo os seis ciclos. No ano passado, Juazeiro realizou três ciclos e iniciou o quarto, mas não concluiu. O que acontece é o seguinte: se combate um foco hoje, coloca o larvicida e o agente deve retornar em um prazo de dois meses, que é o período do ciclo. Se ele não retornar, a área vai ficar descoberta e cria-se ali um potencial criadouro do mosquito”, disse.

Djalma Amorim disse ainda que o fumacê é uma medida de caso extremo por conta da saúde da população e que deve ser usado com moderação. Disse que é preciso evitar os inseticidas a base de petróleo e benzeno por conter substâncias cancerígenas e que o mais indicado para a proteção individual são os repelentes e produtos a base de citronela que é um óleo vegetal.

Segundo Amorim, a queima da cana realizada pela Agrovale não pode ser desprezada, pois, por uma questão de sobrevivência das espécies, os mosquitos se dispersam pela cidade com a queimada, colaborando para o aumento e descontrole dos insetos.

A limpeza e monitoramento permanente de canais e o saneamento básico com água e esgoto que dê cobertura a toda população também são fatores que contribuem para o controle biológico das muriçocas, de acordo com o professor. O que não vem acontecendo em Juazeiro de forma sistemática, mas com ações pontuais.

O Ministério Público diz que precisa ser provocado para agir. As reclamações públicas dos moradores do município e os incômodos causados pelas muriçocas já não seriam provocações suficientes para o Ministério Público intervir a respeito do assunto?

Estamos em contato com o MP e com a Prefeitura de Juazeiro para saber quais encaminhamentos podem ser tomados a respeito deste problema que atinge toda a população juazeirense há muito tempo sem que se consiga uma solução.

Veja abaixo a entrevista com o professor Djalma Amorim ao Programa Palavra de Mulher na Web de hoje (12)

Da Redação por Juliano Ferreira

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