Matéria publicada no site El País de sábado (7), divulgou uma pesquisa realizada pela Agência Pública que coloca o município de Juazeiro (BA), na quarta posição da lista das cidades com maiores taxas de mortes de mulheres em 2015.
A pesquisa revelou que mais de 47 mil mulheres foram mortas no Brasil em 10 anos. Todas vítimas de agressões por diversos meios, como sufocamento, armas de fogo, objetos cortantes ou mesmo agressões sexuais.
Os dados, segundo a Pública, foram levantados junto aos registros do Ministério da Saúde.
O Município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, lidera a lista das cidades com maiores taxas de mortes de mulheres em 2015. Entre as dez cidades com maiores taxas de mortes de mulheres por agressão em 2015, estão municípios de sete estados diferentes, incluindo cidades com cerca de 200 mil habitantes, como Juazeiro e Itabuna na Bahia, a capitais como Maceió (AL) e Vitória (ES).
“Eu vi a pesquisa divulgada e ela não corresponde a realidade de Juazeiro. Os dados são levianos. Em 2015 houve um feminicídio no município. Ao todo foram nove casos de morte de mulheres, mas não feminicídios. Houve uma criança do sexo feminino morta, um feminicídio e os outros sete casos restantes foram mortes a esclarecer, ou seja por outras motivações que não tiveram nenhuma relação com a violência de gênero”, disse a delegada.A Delegada Rosineide Mota também informou que em 2016 foram dois casos de feminicídio e somente este ano de 2017, cinco mulheres foram vítimas deste crime.
Ela esclareceu que o crime de feminicídio se caracteriza pelo assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino. ” Feminicídio é um crime de ódio baseado no gênero. É o assassinato de mulheres por homens, porque elas são mulheres. Está entre os crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990), tal qual o estupro, genocídio e latrocínio”, concluiu a delegada.
A delegada também lembrou que, embora ainda existam algumas deficiências, a rede de proteção à mulher em Juazeiro, tem se estruturado cada dia mais com o trabalho da Delegacia Especial de Atendimento à mulher, Ronda Maria da Penha/PM, da Vara de Violência Doméstica Contra a Mulher e do Ministério Público, além de contar com uma Secretaria Municipal da Mulher, que desenvolve as políticas públicas.
Da Redação por Sibelle Fonseca