Sem condições de trabalho e salários atrasados, médicos do Hospital Regional de Juazeiro decidem paralisar atividades

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Médicos que atuam no Hospital Regional, de Juazeiro-BA, decidiram paralisar suas atividades. A informação foi divulgada através de um comunicado do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), encaminhado ontem (23), para a Secretária de Saúde do Município.

Além de salários atrasados, a classe alega que está sem condições de trabalho na unidade, que vêm atendendo a população em situações precárias. A paralisação deve ter início na próxima quinta-feira (26), quando os profissionais passarão a atender apenas os casos de urgência e emergência, caso os pagamentos não sejam efetuados.

O movimento foi aprovado com unanimidade, durante assembleia realizada na última quarta-feira (19). De acordo com o Sindmed, os médicos decidiram paralisar as atividades com o objetivo de “alcançar condições dignas de trabalho, tanto do ponto de vista técnico, quanto no aspecto ético, e, consequentemente, de assistência à nossa comunidade”, declarou o sindicato.

O comunicado solicita à Secretaria de Saúde que as demandas do município sejam encaminhadas para outras unidades hospitalares, durante a paralisação da classe.

Veja o comunicado na íntegra:

No último dia 04, alguns serviços no HRJ foram suspensos, por decisão da Organização Social APMICA – Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Castro Alves, empresa que administra a instituição. A suspensão dos atendimentos eletivos ocorreu pela falta de verbas, já que Governo do Estado estaria devendo mais de R$11 milhões de reais a empresa.

O Ministério Público da Bahia entrou com uma ação, pedindo o bloqueio das verbas das contas do Governo do Estado. O juiz de Direito, José Goes Silva Filho, deferiu o pedido do MP-BA, para efetuar o bloqueio do valor de R$ 11.586.000,18 (onze milhões, quinhentos e oitenta e seis mil reais e dezoito centavos nas contas do Estado da Bahia.

O serviço do hospital foi normalizado no dia 14, mesmo sem que os salários dos médicos e funcionários tivessem sido pagos. De acordo informações apuradas pelo portal Preto No Branco, foram pagas três parcelas de R$ 680.000,00, R$ 1.000.000,00 e R$ 830.000,00, o que não corresponde ao valor total da dívida.

Estamos em contato com o Governo do Estado, em busca de esclarecimentos sobre o caso.

Da Redação

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