“Espero que a Polícia Civil identifique esses criminosos”, diz professor da Uneb ao prestar queixa por ameaça de “Bolsonaristas”

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No último domingo (5), o professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Doutor em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Josemar Pinzoh, publicizou em sua página do facebook que recebeu várias mensagens intimidadoras e ameaças através do WhatsApp. As mensagens partiram de dois usuários do aplicativo que se diziam seguidores do militar e deputado federal Jair Bolsonaro, que vem se lançando à presidência da república. Jair Bolsonaro tem ocupado alguns espaços da mídia com discursos de ódio e apologia ao racismo, homofobia e misoginia.

Em um dos áudios, uma voz ameaçava o professor de abordá-lo na faculdade  “Não vá mais pra faculdade fazer seus discursos não. A partir de hoje, você está proibido de fazer apologia a “pqp” de PT, se não a galera do bolsonarista vai te pegar na faculdade”, diz um homem que fala por um DDD 71.

O professor universitário, filiado ao Partido dos Trabalhadores, declarou que a ação foi uma tentativa de intimidação que vem sendo direcionada a “artistas, professores, invadindo exposições, criminalizando movimento sociais e expressões políticas e estéticas”.

Pinzoh disse ainda que as ameaças partiram de dois perfis, que podem ser fakes, mas divulgou os números e a foto de um deles. Um número é de Salvador, o 71 9304 3860 e o outro é de Petrolina, o 87 81646555.

Nossa redação entrou em contato com os perfis, mas não obtivemos respostas.

“Fiquemos atentos e não nos intimidemos! Se é assim que esse grupo quer chegar ao poder, já se pode imaginar como seria um país governado por esses trogloditas!”, desabafou Josemar Pinzoh.

Na manhã de hoje (8), Josemar Pinzoh prestou queixa por ameaça na delegacia de polícia de Juazeiro e pediu providências às autoridades policiais.

“Fui informado que aqui na delegacia de Juazeiro não tem um setor especializado em crimes pela internet, mas como tenho conhecimento que em Salvador existe uma delegacia especializada em crimes cibernéticos, espero que a polícia civil investigue e identifique esses criminosos que acham que internet é território sem lei. Afinal de contas, o trabalho de investigação da polícia judiciária deve também atender às demandas do interior do estado”, disse o professor.

Josemar Pinzoh também está encaminhando a denúncia à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia.

“Esses fakes não podem ficar impunes. Esse é o modus operandi dos canalhas. Chega de disseminar tanto ódio e intolerância. Sou professor há mais de 27 anos e jamais confundi minha prática em sala de aula com minha filiação partidária”, concluiu Pinzoh.

Da Redação por Sibelle Fonseca

Foto PNB

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