Guarda Municipal de Juazeiro se manifesta sobre denúncia de agressão

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Na última segunda-feira (20), dia da Consciência Negra, um homem negro, desempregado e em tratamento no serviço de atendimento psicossocial, procurou a redação do Portal Preto No Branco para denunciar  agressões que ele teria sofrido em Juazeiro-BA, cidade em que nasceu. Os autores, segundo ele, seriam dois Guardas Municipais e dois Policiais Militares.

A vítima relatou que o fato aconteceu na orla da cidade, no dia 21 de outubro, quando o mesmo acompanhava a Caminhada do Outubro Rosa. Segundo ele, os agressores o abordaram de forma violenta, que sem ao menos pedir sua documentação, lhe imprensaram numa árvore, deram-lhe chutes, pisaram no seu rosto e lhe fizeram refém de porradas e xingamentos. “Eles já chegaram me chamando por um nome que eu desconheço. Nem pediram meus documentos e foram me enchendo de porrada. Me bateram muito, me algemaram e somente quando eu já estava caído no chão, implorando para que parassem, se afastaram tomando o rumo da Adolfo Viana”, conta o homem.

Após ser liberado por outros PMs que estavam no local, a vítima que estava sangrando e com fortes dores, pediu ajuda para um grupo de jovens, que acionaram o SAMU. Ele foi encaminhado para a UPA da cidade, onde foi medicado.

O denunciante diz ainda que procurou a Guarda Municipal para denunciar a agressão, mas não deram importância a sua queixa. “Fui atendido, mas desconfiaram de mim. Como se eu tivesse inventando a situação. No local em que fui espancado tem câmeras e eles poderiam buscar essa gravação, se quisessem apurar minha denúncia”, sugere ele.

Em nota, a CSTT informou que após procurar novamente a Guarda Civil Municipal de Juazeiro, a vítima foi ouvida oficialmente e orientada aprestar queixa na Delegacia e na Corregedoria da Polícia Militar.

Veja a nota na íntegra:

NOTA CSTT

A Guarda Civil Municipal de Juazeiro informa que o denunciante foi ouvido oficialmente pela Corregedoria da Guarda nesta terça-feira (21) e que foi orientado a prestar queixa na Delegacia e na Corregedoria da Polícia Militar para que o fato seja apurado e elucidado. A Guarda ressalta ainda que no evento citado pelo denunciante – a Caminhada do Outubro Rosa, realizada no dia 21/10 – a Guarda não atuou junto com a Polícia Militar. A Guarda está à disposição para quaisquer esclarecimentos.

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