Direção do presídio em Juazeiro nega, mas as denúncias de regalias para os presos de Remanso continuam

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Em matéria publicada ontem (27), familiares de detentos do Conjunto Penal em Juazeiro-BA, denunciaram que os 11 presos pela operação “Carro Fantasma”, realizada no município de Remanso-BA no último dia 21, estariam tendo algumas regalias consentidas pela direção da unidade prisional.

Alimentação e material de higiene pessoal diferenciados, celas separadas, foram algumas das regalias citadas na denúncia.

“Eles estão gozando de direitos que os outros detentos não têm. Estão em celas separadas, a comida e os produtos de higiene pessoal são diferenciados e o tratamento é totalmente diferente do que recebem os demais presos”, disse o  familiar, que pediu para não ser identificado.

Procuramos a direção do Conjunto Penal que, em nota, rebateu a denúncia e negou que esteja havendo regalias para os presos da “Carro Fantasma”. A direção informou que os presos de Remanso “estão alojados no módulo IV (apelidado de chapão pelos internos) e recebem os mesmos materiais de higiene e limpeza e as mesmas refeições que os demais internos, até porque não é permitida a entrada de nenhum material/produto dessa natureza trazido por familiares”.

No entanto, outras denúncias continuam chegando ao PNB, por telefone e comentários no site, relatando tratamento diferenciado aos presos investigados pela “Carro Fantasma”.

Segundo os relatos, eles têm água gelada, enquanto os demais detentos bebem água natural. Os relatos confirmam que os presos estão no módulo, conhecido como “Chapão”, mas andam à vontade, sem algemas. Os demais, são algemados.

Ainda segundo as denúncias, a única mulher presa pela operação, fica na sala da enfermaria e não na ala feminina do presídio. Ela teria direito a lanche, o que é negado aos demais presos. A eles e elas são oferecidas três refeições diárias (café da manhã, almoço e janta).

Além disso, eles teriam direito também a fazer ligações telefônicas e recebem visitas fora do dia estabelecido, às quartas e sábados, segundo relataram nossas fontes.

” Os demais presos não têm a regalia que esse povo está tendo. O Ministério Público deveria ver isso. As algemas são só para nossos familiares? Porque eles andam à vontade e só escoltados pelo supervisor, enquanto os nossos, por vários agentes. A água pra eles é gelada, para os nossos é quente. Nos ajudem!” apela um familiar que deixou seu comentário no PNB.

“Se o Ministério Público quiser apurar é só solicitar imagens das câmaras de segurança”, avisou outro familiar

O PNB está encaminhando as denúncias ao Ministério Público.

 

A operação “Carro Fantasma”

A força-tarefa, realizada pelo Ministério Público da Bahia, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar cumpriu 12 mandados de prisão, seis de conduções coercitivas e  18 de busca e apreensão.  Também foram apreendidos materiais, como documentos, computadores,  celulares e veículos de luxo.

O ex-prefeito de Remanso, Celso Silva e Souza, preso em Monte Santo, continua detido na cidade de Serrinha.

A força-tarefa investiga fraudes em licitações e lavagem de dinheiro, durante locação de veículos para as secretarias do Município, que teriam ocorrido entre os anos de 2013 e 2016. De acordo com o MP, a operação aponta que, durante o período investigado, os integrantes do grupo desviaram cerca de R$ 13 milhões e o dinheiro público teria sido  utilizado para custear gastos particulares, dívidas de campanha e compra de apoio político.

Entre os acusados estão o ex-prefeito de Remanso-BA, Dr. Celso, o irmão dele, Arismar Silva e Souza, Secretário de Administração e Finanças de Remanso, na gestão passada,  o atual presidente da câmara, Candinho, o servidor federal, Erasmo Paulo Fernandes Ribeiro, vereadores, ex-vereadores, secretários e servidores públicos, entre eles Tomás Neto Rodrigues da Silva, Josafá Santos de Almeida, José Ailton Rodrigues da Silva, Jorge Brito Alves, Cristiano José Moura Marques ( Ex-Chefe de Gabinete da Prefeitura de Remanso) e Renata Lemos.

A justiça negou o habeas corpus de todos os envolvidos, para não comprometer a segurança das investigações.

Da Redação por Sibelle Fonseca

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