Na edição de ontem (08) o programa Palavra de Mulher Web, entrevistou o agente penitenciário James Fabrício e o PM Diego da Associação de Policiais, Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspra).
Na ocasião eles falaram sobre as recorrentes denúncias de irregularidades trabalhistas que estariam ocorrendo no Conjunto Penal de Juazeiro-BA.
Entre as reclamações dos profissionais estão: desvio de função, não cumprimento do pagamento da periculosidade e de insalubridade, não pagamento do vale transporte ou o benefício do itinerário, falta de reajuste salarial, proibição de permuta, contato direto com os detentos, entre outras.
“Nós estamos apenas reivindicando os nossos direitos. Fomos recebidos e ouvidos pelo Ministério do Trabalho de Juazeiro-BA e na ocasião o diretor do Conjunto Penal só confirmou tudo que nós, agentes, já havíamos denunciado. O Ministério Público também já foi acionado, mas até o momento a situação não mudou. Então agora fica a pergunta: O que falta para que nossos direitos sejam assegurados? O que mais precisamos fazer?”, questionou James.
O agente também comentou a nota que a empresa Reviver, responsável pela administração do CPJ desde 2008, divulgou no último dia 17, negando as reclamações dos profissionais. “Alguns agentes levaram as denúncias para a justiça e alguns já tiveram causa ganha. Ainda assim a empresa continua negando todas as acusações e alega que não temos contatos com os presos”, acrescentou James.
Durante a entrevista ele também informou a criação de uma associação dos agentes penitenciários de Juazeiro, para fortalecer a luta dos profissionais. “Nós estamos criando uma associação para termos o apoio que não conseguimos do sindicato ao qual estávamos filiados”.
o representante da Aspra também contestou as informações divulgadas pela empresa da Reviver. “Não existe aqui em Juazeiro um Batalhão de Guarda, como diz a nota. O trabalho dos Policiais Militares é fazer a segurança externa. Nós não desenvolvemos um trabalho direto com os presos, esses serviços estão sendo realizados pelos agentes penitenciários. A própria nota produziu provas contra a empresa. Não há mais dúvidas do trabalho realizado por esses profissionais”, declarou.
Os internautas também participaram do programa com perguntas e mensagens de apoio a luta dos agentes. Veja a entrevista na integra:
Da Redação Por Yonara Santos