Carnaval de Juazeiro 2018: A indignação de foliões e comerciantes

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O Portal Preto No Branco vem recebendo algumas reclamações de foliões inconformados com uma determinação da coordenação do carnaval de juazeiro que está proibindo a entrada de cooler, garrafas plásticas com bebidas e até copos no Polo João Gilberto, que fica na Orla 2.

O descontentamento está ocupando também as redes sociais através de diversas postagens de internautas que questionam a privatização da festa realizada pelo poder público municipal.

O professor Josemar Pinzoh, em contato com nossa redação, manifestou sua indignação contra este formato de festa.

“Essa atitude de não poder entrar nem com um copo é autoritária e sem sentido. Chega a ser uma imbecilidade. Isso é um absurdo e precisa-se discutir isso com a prefeitura. Tem muita gente que quer ir a festa e não pode pagar cinco reais por uma lata de cerveja, por exemplo. Alguns preparam sua bebida em casa e levam em garrafas  plásticas, o que é normal. Carnaval é uma festa de rua e a rua é do povo. Absurdo você ter que dispensar a bebida que está no copo para poder ter acesso a orla 2. Que legalidade tem nessa decisão, é o que eu questiono”, reclamou o professor.

Uma turma de jovens estudantes que se cotizou para preparar uma bebida em casa e levar para o circuito da festa, também procurou nossa redação para reclamar da proibição.

“Somos estudantes e nos falta grana para consumir a bebida vendida no carnaval. Nos juntamos e preparamos nossa bebida, a base de vodka e refrigerante de limão, para curtir a festa. Resultado, não conseguimos entrar na orla 2. Como assim, produção? Fomos barrados em uma festa pública? Paga com o dinheiro do contribuinte? Realizada em um espaço público? Isso não tem amparo legal”, declarou um dos jovens que integram a turma.

Outra reclamação que recebemos contra a coordenação do carnaval partiu do comerciante Juthai Xavier. Segundo ele, que está com um ponto de venda de bebidas na Adolfo Viana, a empresa que ganhou a licitação para organizar a festa, determinou que a venda de cerveja em latões não seria permitida. No entanto, ainda de acordo com ele, não houve fiscalização e muitos ambulantes não cumpriram a determinação, prejudicando os demais comerciantes.

” Se do meu lado, estão vendendo latão por cinco reais, como vou vender a lata menor por cinco reais? Não houve fiscalização e muitos de nós estamos prejudicados, no prejuízo mesmo. Tive que baixar o preço e vender três latas por dez reais, para tentar recuperar o prejuízo. Mas vou devolver as caixas de cerveja que comprei na empresa de Abdon. Já que ele não cumpriu com a palavra dele de que haveria fiscalização, eu também não tenho obrigação de cumprir com o acordo feito e ficar no prejuízo”, declarou Juthai.

Entramos em contato com Samuel Morais, coordenador do carnaval, e ele nos informou que a proibição de cooler é para atender a uma norma de segurança.

Em relação a garrafas plásticas e copos, ele não esclareceu.

Estamos entrando em contato com a empresa Opará, de responsabilidade do senhor Abdon para obter uma resposta sobre a denúncia do comerciante Juthai Xavier.

Da Redação

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