(foto: reprodução/arquivo pessoal)
O portal Preto No Branco recebeu denúncias anônimas, sobre irregularidades no processo eleitoral da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Agrícolas, Agroindustriais e Agropecuárias dos Municípios de Juazeiro, Curaçá, Casa Nova, Sobradinho e Sento-Sé, na Bahia.
A atual Presidenta do Sintagro, Rita de Cássia, assumiu o cargo no último dia 05 e está sendo acusada de forjar a ata de posse e “tomar de assalto” a sede do sindicato, com a ajuda de outros sindicatos, entre eles o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro.
Veja as acusações na íntegra:
Em contato com o PNB, o Presidente do STR de Juazeiro e Coordenador Regional da Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), Emerson José da Silva (Mitú), que apoiou a chapa de Rita de Cássia durante as eleições da Sintagro, declarou que as acusações são improcedentes e que a eleição foi legítima. “As eleições da Sintagro estavam vencidas há mais de um ano e Rita, que trabalhava na gestão como Secretária de Finanças, decidiu criar uma chapa e concorrer às eleições. No primeiro momento, uma parte da antiga diretoria definiu que ela não poderia participar do processo eleitoral. Não deixaram nem que Rita inscrevesse a chapa. Mas, após entrar com um processo na Justiça do Trabalho em Juazeiro, a Chapa 02 ganhou o direito de concorrer a diretoria do Sintagro e solicitou o nosso apoio”, esclareceu Mitú.
Ele acusou ainda a Chapa opositora de fazer diversas manobras para que a eleição não acontecesse. “Devido a isso, no primeiro momento a eleição não teve quórum e não ocorreu. No segundo escrutínio, eles furaram pneus dos nossos carros, chegou até a ter agressão contra os integrantes da nossa Chapa. Mas, ainda assim, Rita ganhou no voto. A apuração foi acompanhada por um auditor do Ministério do Trabalho. A ata foi assinada e registrada em cartório e encaminhada para o Ministério do Trabalho”.
Ele acrescentou ainda que apesar do mandato da antiga diretoria já está vencido, a chapa de oposição entrou na justiça para impedir a posse de Rita, alegando que ela não era trabalhadora rural. “Como eles tinham maioria na comissão eleitoral, definiram que ela não assumiria enquanto a decisão da Justiça não saísse. Só quem estava perdendo com essa situação era o trabalhador que estavam sem representação. Eles tinham todo o direito de entrar na Justiça, mas não de impedir a posse, pois se depois o juiz decidisse que ela não poderia continuar no cargo, a ordem seria obedecida. Pensando nos trabalhadores, nós reunimos várias centrais sindicais e demos posse a Rita, tudo dentro da legalidade e registrado em cartório, seguindo todos os trâmites legais”,
Ele finalizou afirmando que a resistência ao mandato da atual Presidenta do Sintagro se dá pelo fato dela ser mulher.
“A mulher já é naturalmente discriminada. Eles a substituíram por ela ser mulher. Inclusive ela já registrou queixa de agressão contra alguns integrantes da Chapa 01, que a perseguiram por ela ser mulher”, concluiu Mitú.
O PNB também entrou em contato com Rita de Cássia, atual presidenta da Sintagre, que confirmou as informações de Mitu. Ela afirmou que devido as ameaças feitas pelo ex-Gestor do Sindicato e pelo ex-Secretário Geral, que foi candidato ao posto de presidente pela chapa derrotada, teve que contratar um segurança particular por se sentir em situação de vulnerabilidade. Além disso, Rita também nos informou que uma audiência está marcada para acontecer no próximo dia 8 de fevereiro, tendo como pauta as ameaças sofridas por ela.
Empossada no último dia 5 de janeiro, Rita também falou sobre a situação financeira e estrutural do sindicato. “Encontrei dívidas deixadas pelo ex-presidente e o carro do sindicato quebrado. Estou trabalhando para manter as contas em dia”, disse a presidenta.
Da Redação