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O presidente Michel Temer disse que “seria covardia não ser candidato”, confirmando que concorrerá à Presidência da República nas eleições de outubro. A declaração é em direção oposta ao posicionamento adotado por Temer em 2016, quando assumiu o Palácio do Planalto após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. À época, ele dizia que ficaria no poder apenas os dois anos e meio restantes do mandato.
O presidente disse ser natural que ocupantes do seu cargo pretendam disputar reeleição. Questionado sobre sua baixa popularidade, Temer se mostrou otimista ao dizer que seu índice de aprovação dobrou 100%: de 3% para 6%. As declarações foram dadas em entrevista à revista IstoÉ.
Ele diz ainda que mudou de pensamento sobre a candidatura há um mês e meio com o objetivo de se defender moralmente e valorizar o legado do governo. “Porque se chega alguém que vai destruir o que fizemos, ele vai destruir necessidades do Brasil. Como vou abandonar tudo isso? Estou nisso há 30 anos. Fui presidente da Câmara. Fui presidente do partido”, justifica.
Temer evita fazer críticas diretas a seus prováveis adversários na corrida presidencial, muitos antigos aliados como o governador paulista Geraldo Alckmin e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Contudo, ele afirma que boa parte dos postulantes surgiu da atuação do governo. Para ele, o ideal seria a apresentação de apenas três ou quatro candidatos.
Como bandeira de seu governo, ele diz que apresentaria a modificação dos costumes políticos do país.
Temer intensifica agenda de inaugurações para tentar reeleição
O presidente Michel Temer deve cumprir uma agenda de inaugurações de obras pelo país até julho, data limite para ações do tipo em ano eleitoral, tentando viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A pré-campanha começou na última semana, quando o presidente viajou a Xique-Xique, na Bahia, para inaugurar o projeto de irrigação do Baixio-Irecê. O canal foi construído há quatro anos, antes de o emedebista assumir o Planalto, mas não funcionava. Na sexta-feira (23), Temer também cumpriu agenda em Petrolina, Pernambuco, em evento que anunciou liberação de verbas para creches da região.
Além das viagens, assessores e auxiliares do presidente elaboram uma plano de ação que incluirá reajuste do Bolsa Família, entrega de residência populares, inauguração de terminais em aeroportos e visita a um hospital já em funcionamento. A previsão é que Temer faça uma viagem do tipo por semana a fim de aumentar sua popularidade, que era de 6% na última pesquisa Datafolha.
Com informações da Folhapress e Notícias ao Minuto Brasil