Candidatos denunciam supostas irregularidades no concurso da PC da Bahia; Vunesp afirma que concurso ocorreu “sem intercorrências”

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(foto: reprodução)

Candidatos que participaram do concurso da Polícia Civil da Bahia, organizado pela Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), no último domingo (22), procuraram o BNews e denunciaram supostas irregularidades ocorridas na aplicação das provas objetiva e discursiva.

De acordo com o edital de convocação, durante a realização das avaliações não seria permitida o uso de “qualquer tipo de aparelho” que realizasse “gravação de imagem, ou de som pelo candidato, pelos seus familiares ou por quaisquer outros estranhos a este concurso público”. Além disso, a banca garantiu que seria “excluído do concurso, o candidato que estivesse utilizando ou portando em seu bolso, mochila os aparelhos eletrônicos”.

A reportagem recebeu imagens de questões das provas, que não poderiam ser levadas pelos participantes após a realização. Além disso, reproduções de conversas do aplicativo WhatsApp revelam que em alguns lugares o envelope que trazia as provas não estava lacrado, e uma pessoa teria sido vista com uma prova no Aeroporto de Salvador.

Contrariados com a situação, alguns participantes, que pedem a anulação do concurso, prometeram denunciar o caso ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Ao site, a assessoria do MP-BA confirmou que o órgão foi procurado por diversos participantes, mas que a denúncia ainda não foi formalizada.

A Vunesp também foi questionada pela reportagem. O superintendente de Recursos Humanos da instituição, Adriano Tambone, informou que até o momento não foi recebida nenhuma reclamação. A Secretaria da Administração do Estado (Saeb), responsável pelo certame, também deve enviar uma nota.

(foto: reprodução)

Candidatos que quiserem entrar com recurso administrativo pelo concurso devem contatar a Vunesp e seguir os procedimentos previstos em edital.

O concurso da Polícia Civil da Bahia teve abstenção de 21,78%. O número corresponde a 10.444 inscritos que deixaram de fazer as provas do certame. No total, 37.676 candidatos compareceram aos 48 locais de prova na capital baiana.

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Eles concorreram a uma das mil vagas ofertadas, sendo 880 para Investigador, 82 para Delegado e 38 para Escrivães. O maior número de candidatos foi para o cargo de Investigador, com 35.036, seguido dos cargos de delegado, com 10.658, e de escrivão, com 2.426 candidatos ao cargo.

Vunesp afirma que concurso ocorreu “sem intercorrências”

Ao BNews, a Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), organizadora do concurso da Polícia Civil da Bahia, realizado no último domingo (22), encaminhou um posicionamento sobre as denúncias enviadas ao site por participantes do certame.

“Em relação às notícias veiculadas nas redes sociais, acerca de supostas ocorrências havidas na aplicação das provas objetivas e discursivas do concurso público promovido pela Polícia Civil da Bahia e executado por esta Fundação, para os cargos de Delegado de Polícia, Investigador de Polícia e Escrivão de Polícia, informamos que a aplicação das provas transcorreu dentro da normalidade esperada e sem intercorrências que comprometessem a lisura do certame”, informa trecho da nota.

Ainda de acordo com a Fundação, “não obstante, informamos que todo o material das provas está em trânsito e deverá chegar à Fundação Vunesp até na próxima sexta-feira (dia 27/4), ocasião em que será minuciosamente avaliado, como de praxe”.

A Vunesp garante que tomará “todas as providências para garantir a lisura do concurso e cumprir à risca o que está previsto em edital. Caso seja verificado qualquer descumprimento editalício, os envolvidos serão excluídos do certame”.

O site recebeu imagens de questões das provas, que não poderiam ser levadas pelos participantes após a realização. Além disso, reproduções de conversas do aplicativo WhatsApp revelam que em alguns lugares o envelope que trazia as provas não estava lacrado, e uma pessoa teria sido vista com uma prova no Aeroporto de Salvador.

Contrariados com a situação, alguns participantes, que pedem a anulação do concurso, prometeram denunciar o caso ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Para reportagem, a assessoria do MP-BA confirmou que o órgão foi procurado por diversos participantes.

Até o fechamento da matéria, a assessoria da Secretaria da Administração do Estado (Saeb), responsável pelo certame, não enviou nenhum posicionamento.

Bocão News

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