Depoimento de testemunha
Durante depoimento à polícia, a testemunha-chave disse que um policial lotado no 16° BPM (olaria) e um ex-PM do batalhão da Maré participaram da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A dupla, segundo ela, estava, com outros dois homens, no Cobalt prata usado na execução.
Os quatro que estariam no carro foram identificados por essa testemunha e vêm sendo investigados pela Delegacia de Homicídios da capital (DH).
O delator, que colabora com as investigações em troca de proteção, relatou que a execução foi planejada por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica — um ex-PM preso acusado de chefiar uma milícia na zona oeste do Rio — junto com o vereador.
Ainda conforme O Globo, a testemunha-chave informou que os homens que estavam com os militares no Cobalt são ligados a Orlando. O miliciano teria usado o celular de um outro preso para dar ordem de execução da vereadora.
Em três depoimentos à Divisão de Homicídios (DH) do Rio, a testemunha deu informações sobre datas, horários e até locais de reuniões entre o vereador e o miliciano. Mais tarde, ele teria mudado sua versão ao ser interrogado pelo Ministério Público, e passou a negar a participação de Orlando na execução.
Reconstituição
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) faz nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, a reprodução simulada das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridas na noite de 14 março deste ano. A reconstituição está prevista para as 22h, no local onde ocorreu o crime, no bairro do Estácio, na zona Central do Rio.
O trabalho, feito pela Polícia Civil, contará com apoio logístico das Forças Armadas. A partir das 20h, serão interditadas as ruas no entorno do local onde ocorreu o crime.
Segundo a polícia, durante a reprodução, poderão ser disparados tiros em pontos específicos para análise da perícia. Por isso, toda a área será bloqueada para o acesso de pedestres e veículos. Por questões de segurança, os moradores da região só poderão acessar as ruas bloqueadas após serem autorizados pelos policiais.
Informações do Correio da Bahia e da Agência Brasil