Caso Beatriz: ato público pede prisão de ex-funcionário do colégio acusado de apagar imagens das câmeras de segurança

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(foto: Deniliria Carvalho)

Amigos, familiares e integrantes do movimento “Somos Todos Beatriz” realizaram na manhã desta quinta-feira (02), um ato público em defesa da prisão preventiva do ex-prestador de serviço do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Alisson Henrique, acusado de apagar as imagens das câmeras de segurança da instituição. A manifestação aconteceu em frente ao Fórum Dr. Manoel Francisco de Souza Filho, em Petrolina.

Com gritos de “Queremos Justiça! Queremos resposta!”, os manifestantes estamparam cartazes pedindo a prisão do “assassino das imagens”. Alisson Henrique é apontado como o responsável por deletar as imagens captadas pelas câmeras do circuito interno de segurança em que aparece o suspeito do assassinato da criança.

(foto: Deniliria Carvalho)

Segundo a família, a equipe da Polícia Civil de Pernambuco periciou os equipamentos de gravação de imagens e comprovou a prova da materialidade. A Delegada Poliana Nery pediu a prisão preventiva de Alinson Henrique, e apesar do Ministério Público (MP) ter acatado o pedido, Elane Brandão, Juíza de Direito do Tribunal do Júri da Comarca de Petrolina, indeferiu a decisão no dia 23 de julho. A juíza argumenta que a medida pleiteada “carece de contemporaneidade, considerando que, das informações trazidas no bojo da representação, a autoridade policial, à época representada por outra Delegada, tomou conhecimento da recuperação das imagens desde dezembro de 2016, sem apontar comportamento do indiciado que pudesse indicar seu intuito de embaraçar eventual instrução processual”.

Alisson Henrique negou as acusações, e em nota divulgada à imprensa, disse que não apagou “imagem de câmera nenhuma” e que nunca teve intenção de atrapalhar os procedimentos policiais “para proteger ou beneficiar ninguém” (leia na íntegra).

Familiares do jovem Alisson Dantas, 19 anos, morto em novembro de 2015 no bairro Quati, em Petrolina, também participaram do ato. Atingido por golpes de facão depois que um vizinho o acusou de usar a internet da rede wifi, na época, Allison foi socorrido e levado para o Hospital Universitário (H.U), onde ficou internado por cinco dias, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Apesar de serem casos diferentes, ambas as famílias clamam por justiça.

Da Redação

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