Mais uma denúncia de racismo em agencia da Caixa Econômica, na Bahia

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Mais uma denúncia de racismo envolvendo agencia da Caixa Econômica, na Bahia. A Defensoria Pública da União (DPU), em Salvador, está apurando o registro de um cliente, que teria sido vítima de racismo na agência, do bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

Segundo a denúncia, um homem de 39 anos, foi impedido de entrar na instituição financeira, no dia 9 de dezembro de 2019, e sendo agredido verbalmente, deixou o local sem fazer a operação bancária necessária.

O cliente disse que foi chamado pelos seguranças de “macaco” e ter ouvido a expressão que “isso é coisa de negro”, Apesar de ter atendido o pedido dos seguranças para abrir a mochila e mostrar os itens que carregava, foi impedido de passar pela porta giratória, por diversas vezes.

Ele não conseguiu entrar na agência sob a justificativa de que não havia senha.

A queixa foi registrada na delegacia de Polícia Civil e também no Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela (CRNM). A Defensoria Pública da União solicitou ao banco imagens para auxiliar nas investigações.

“Recentemente tivemos um caso de racismo envolvendo funcionários da Caixa Econômica Federal em Salvador e, ao que parece, estamos diante de um caso semelhante”, afirmou. “Não tenho conhecimento de que a Caixa tenha adotado medidas efetivas para combater o racismo por seus funcionários após esse episódio”, disse o defensor público federal Gabriel César dos Santos.

Em fevereiro de 2019, um cliente denunciou o gerente de uma agência da Caixa, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, também por racismo. A situação começou depois que a vítima procurou pelo gerente, João Paulo Vieira Barreto, para cobrar atendimento após 6h de espera.

Segundo a denúncia, o gerente-geral acionou o setor de segurança privada para retirar o cliente do estabelecimento. Depois, a Polícia Militar também compareceu à agência e propôs ao gerente que ele e o cliente se dirigissem até a delegacia da região.

Neste momento, segundo a denúncia, João Paulo teria afirmado que não fazia acordo com “esse tipo de gente”, “supostamente se referindo à raça/cor da vítima”, e logo após teria afirmado que somente iria à delegacia, se Crispim Terral saísse algemado da agência.

Ainda conforme a denúncia, após receber um “mata-leão”, a vítima foi retirada da agência pelos policiais militares, e o suspeito foi embora sem se dirigir à delegacia.

O Ministério Publico da Bahia (MP-BA) denunciou à Justiça, por abuso de autoridade e constrangimento ilegal, quatro policiais envolvidos na ação. Além disso, o gerente da agência, que teria acionado os policiais para conter o cliente, foi denunciado pelo MP-BA pelo crime de discriminação racial.

Da Redação com informações BNwes

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