“Terra atrasada”, por Elisabet Moreira

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(foto: Lizandra Martins/arquivo)

Nosso infeliz (?) presidente da república, afirmou mais de uma vez que as autoridades estaduais e municipais devem “abandonar o conceito de terra arrasada.”

Muitos devem saber seu significado, mas eu fui atrás do significado metafórico e simbólico nesta assertiva, quase uma ordem, emanada de nosso maior representante político do poder, capitão da reserva do exército brasileiro e presidente de nosso país.

Terra arrasada é uma estratégia militar que visa destruir qualquer coisa que possa ser útil ao inimigo. Isso inclui desde as armas, até veículos de transporte, lojas de alimentos, fontes de água e até mesmo habitantes locais. Quem assiste a filmes de terror, apocalipses, tem cenários que dão uma amostra do que pode ser … sobretudo filmes de guerra, literatura e relatos impressionantes de sobreviventes.

Para o capitão, um conceito que se traduz numa advertência aos brasileiros porque, nestes dias de incerteza e confinamento, há uma ameaça explícita no uso do poder político e militar. É muito contraditório um presidente falar em “abandonar o conceito de terra arrasada” quando ele mesmo arrasa com nosso país, apoiado por essa corja que destruiu conquistas fundamentais para o povo brasileiro e não sabe nesse momento apresentar um plano eficaz para vencermos mais esta crise, agravada pela pandemia em processo.

Ele, agora, em que se fala em impeachment, quer se eximir de qualquer culpa, como se dissesse, “eu não avisei”. Aliás, nessa estratégia para salvar empresários e a elite do dinheiro, ele deixa bem clara sua no opção… Que morram alguns velhinhos e salve-se a economia neoliberal.

Elisabet Moreira, professora, mestre em Teoria Literária e escritora petrolinense

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