Especial: “Minha história nos 70 anos da TV brasileira”, por Pablo Vasconcelos

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(foto: arquivo pessoal)

Não foi amor à primeira vista. O ano era 2006 e eu estava iniciando o curso de comunicação social na Universidade do Estado da Bahia, em Juazeiro. Entre tantas incertezas, dúvidas e dilemas sobre o futuro na profissão, um desejo já pulsava em mim: investir na área de assessoria de imprensa.

Desde o início, esse sempre foi o meu objetivo. Dediquei os primeiros períodos da faculdade a pesquisar sobre a área, até que algumas colegas de sala me disseram: “assessoria de imprensa? Mas você é a cara da TV!”.

Eu nunca havia pensado nessa possibilidade. Era uma realidade distante. Não me via a frente de uma câmera, falando pra milhares de pessoas… ao vivo, então? Nem pensar. “Assessoria sim e posso provar a vocês”, respondi a elas. Mas não pude.

Na primeira oportunidade de estar numa TV, não pensei duas vezes e lá estava eu estagiando na produção dos telejornais da TV Grande Rio, em Petrolina. Parecia o início de um sonho, mas logo virou pesadelo. A experiência não foi boa. Não me identifiquei com o trabalho, com a rotina da produção e a cada tinha mais certeza de que não queria aquilo pra minha vida. Com o encerramento do contrato, sai e disse a mim mesmo que nunca mais voltaria. Mas estava enganado.

Meses depois voltei para a mesma empresa, dessa vez como repórter. E aí sim, depois desse segundo contato com a caixinha mágica chamada televisão, meus olhos brilharam de um jeito diferente. Brilho esse que carrego até hoje ao gravar uma matéria, seja ela qual for.

(foto: arquivo pessoal)

Já são 10 anos trilhando meu caminho dentro da TV. As estradas do interior me trouxeram a capital da Bahia e por aqui sigo fazendo parte da história do veículo que há 70 anos vem mudando a nossa vida, forma de ser, comunicar, comportar e reportar.

A cada história que conheço e conto na TV, aprendo e ensino; deixo um pouco de mim e carrego um pouco de quem se dispõe a ficar do outro lado do microfone. São experiências únicas, especiais… algumas tristes, trágicas; outras que nos fazem acreditar que vale a pena e não me permitem esquecer os motivos pelos quais escolhi dedicar meu tempo, disposição e vida a essa profissão.

(foto: arquivo pessoal)

Dos perrengues e traumas do estágio na produção, passando pelo frenesi da apresentação de telejornais na TV São Francisco – cresci e amadureci profissionalmente- à prêmios regionais de Melhor Reportagem e a migração do jornalismo pro entretenimento, cada situação fez de mim um apaixonado pela televisão.

Como disse, não foi amor à primeira vista. Mas é amor de verdade!

Pablo Vasconcelos foi produtor, repórter e apresentador das TVs Grande Rio/Petrolina (PE) e São Francisco/Juazeiro (BA). Atualmente atua como repórter na Rede Bahia, Salvador   

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