Mais um show de um sertanejo famoso foi suspenso. Dessa vez, o cantor João Gomes foi alvo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que expediu medida cautelar para suspender os pagamentos de shows previstos para a cidade de Bom Conselho, no interior de Pernambuco.
A prefeitura pretendia gastar R$ 1.120.000,00 em shows, inclusive R$ 350 mil em cachê para o cantor pernambucano João Gomes. Além do cantor do piseiro, a dupla César Menotti e Fabiano foi contemplada com cachê de R$ 200 mil, e a cantora Priscila Senna, conhecida também como Musa, receberia R$ 120 mil.
A decisão foi da conselheira Teresa Duere, relatora do processo, e ocorre em meio a denúncias de cachês des cantores sertanejos, para apresentação em shows públicos.
A informação sobre os cachês na cidade pernambucana foi revelada pelo Blog Jamildo, e o TCE, após a revelação do site, oficiou a prefeitura, e os auditores do órgão descobriram outras supostas irregularidades na gestão municipal, que acarretaram na suspensão dos shows. O processo de contratação, segundo o TCE, foi montado.
“Foram verificados indícios de montagem do processo de inexigibilidade em comento, haja vista a produção de documentos que fogem da cronologia que deveria ser seguida, em afronta aos princípios que regem as contratações públicas, notadamente os da moralidade e da probidade administrativa”, revelou a relatora Teresa Duere.
Além disso, o município de Bom Conselho estaria em péssima situação financeira, sem condições de bancar os shows, segundo o TCE.
Por causa disso, a determinação da Corte de Contas é para que a prefeitura só realize pagamentos do show após “demonstrar disponibilidade financeira para honrar compromissos inadiáveis e, ainda assim, despender parte dele com apresentações artísticas”.
A decisão será analisada pela Segunda Câmara do TCE. A partir da notificação, o prefeito tem cinco dias para apresentar defesa sobre a cautelar.
A “CPI do Sertanejo”, bastante difundida nas redes sociais, já provocou o cancelamento de shows de Gustavo Lima em algumas cidades do Brasil. O “embaixador”, inclusive, está sendo investigado pelo Ministério Público.
Da Redação, com informações Rádio Jornal