Após espancamento de procuradora por colega, no interior de São Paulo, prefeitura se manifesta e a vitima confessa que “tinha medo” dele

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Após agressão sofrida pela procuradora-geral, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, do município de Registro, interior de São Paulo, cometida pelo colega Demétrius Oliveira Macedo, 34, a gestão municipal emitiu uma nota se manifestando sobre o ato violento.

A ação, que aconteceu dentro da prefeitura foi filmada por outra funcionária, e mostra Demétrius Oliveira Macedo,  também procurador, desferindo socos e chutou na mulher

A prefeitura manifestou “o mais absoluto e profundo repudio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal contra a servidora municipal mulher que exerce a função de procuradora-geral do município”.

“A administração municipal está tomando as providências necessárias e já determinou, de imediato, que o agressor seja suspenso, nos termos do art. 179, c/c inc. III do art. 180, ambos da Lei Complementar nº 034/2008 – Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Registro, com prejuízo de seus vencimentos, a partir de 21 de junho”.

O Executivo continuou: “reafirmamos nosso compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres. Os servidores da Procuradoria-Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”, finalizou.

Agressão
A procuradora-geral, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, foi agredida pelo colega, Demétrius Oliveira Macedo, dentro da Prefeitura do município paulista de Registro, São Paulo.
A mulher ficou com o rosto ensanguentado, após a sessão de socos e chutes.
Duas mulheres também estava na sala, e uma delas foi empurrada contra uma porta da sala, onde a ação violenta aconteceu. O momento foi filmado por outra funcionária. A agressão aconteceu na tarde da última segunda-feira (20) e teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o homem por conta de sua postura no ambiente de trabalho.
Um boletim de ocorrência (BO) sobre o caso foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) do município, e Demétrius Oliveira Macedo foi conduzido à delegacia, mas foi liberado na sequência, de acordo com  reportagem do G1.
Medo

A vítima falou sobre os momentos de tensão vividos no ambiente profissional e afirmou que “tinha medo” de uma possível violência por parte do agressor.

“Eu tinha medo, sim. Tinha medo de que fosse acontecer isso, mas não imaginava que fosse ser uma violência física, achava que fosse um ‘bate boca’, uma discussão”, relatou Gabriela em entrevista à TV Tribuna, afiliada à Rede Globo.

Ela estava trabalhando quando foi surpreendida pelo ataque de Macedo. Primeiro ela recebeu uma cotovelada na cabeça e depois vários socos no rosto.

Na delegacia, a procuradora-geral do município deu detalhes do ocorrido. “Eu estava saindo da repartição quando ele veio em direção a mim de forma violenta e me desferiu uma cotovelada. Fui arremessada contra a parede. E ele começou a bater muito em mim, desferir muitos golpes. Socos e pontapés. Chutou muito o meu rosto”.

No depoimento ela disse ainda que uma funcionária da prefeitura ainda tentou segurar Demétrius, mas acabou sendo empurrada. “Ela ficou prensada contra a porta. Levantei cambaleando, ele desferiu mais um soco no rosto. Consegui escapar para a sala da Thais, que é nossa outra colega procuradora. Ela trancou a porta, e ai chegaram as outras pessoas da sala ao lado, que ouviram meus gritos de socorro”, complementou.

“Foi exposta a minha dignidade. Como mulher, fui desrespeitada, assim como servidora pública. Enfim, foi um desrespeito global da minha personalidade como mulher”, disse Gabriela.

Redação PNB

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