CPI do MEC: Senado atinge mínimo de assinaturas para abrir investigação

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EDILSON RODRIGUES/AGENCIA SENADO

O requerimento de abertura de uma CPI para investigar o “gabinete paralelo” mantido no Ministério da Educação na gestão de Milton Ribeiro já tem número assinaturas suficientes para permitir a criação da comissão parlamentar no Senado.

Faltava apenas uma assinatura para atingir as 27 necessárias. O apoio que faltava veio do senador Alexandre Giordano (MDB-SP), que endossou a investigação no fim da manhã desta quinta-feira(23). Logo depois, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também assinou o requerimento.

A partir de agora, a oposição já pode apresentar o pedido para a instalação da CPI ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), responsável por  autorizar ou não a abertura da comissão.

Pacheco, até o momento, tem se negado a apoiar a investigação, mas prometeu avaliar a situação quando receber o requerimento. Se a CPI for instalada, ela deve funcionar por no mínimo 90 dias.

A oposição ainda tentará atrair mais assinaturas para garantir uma margem de segurança antes de protocolar oficialmente o pedido na Mesa do Senado, o que pode ocorrer na próxima terça-feira, 28. Marcelo Castro (MDB-PI) e Otto Alencar (PSD-BA) avaliam se juntar ao grupo, mas ainda resistem a colocar seus nomes no requerimento. A intenção é se blindar da ofensiva do Palácio do Planalto contra a CPI. “Tenho certeza que nenhum dos colegas que subscrevem esse requerimento vai retirar a a sua assinatura”, disse Randolfe Rodrigues.

Milton Ribeiro, juntamente com os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, são suspeitos de tráfico de influência e corrupção. Eles estariam cobrando propina em troca da facilitação na liberação de recursos do MEC.

Os três, e mais outros investigados, foram presos por ordem da Justiça Federal de Brasília. Uma liminar emitida nesta quinta-feira, 23, determinou a soltura do ex-ministro, dos dois pastores e outros dois suspeitos no caso.

Redação PNB

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