Um grupo de gestantes, em contato com o Portal Preto no Branco, reclamaram do atendimento do Hospital Materno Infantil de Juazeiro, no Norte da Bahia. Elas informaram que nessa segunda-feira (04), por conta do atraso do médico que realiza exames de ultrassonografia na unidade, precisaram esperar por quase 12 horas para fazer o procedimento
“O descaso aqui está muito grande. Ontem, nós pacientes chegamos ao hospital às 06 horas da manhã pra fazer uma ultrassonografia. O médico deveria chegar às 14 horas, mas só veio chegar faltando poucos minutos para às 16 horas, e só começou a atender depois das 17 horas. E ainda por cima, o médico mexeu em toda a ordem das pacientes. Pessoas que chegaram depois foram as primeiras a serem atendidas. A situação aqui está cada vez mais deplorável.”, denunciaram.
O PNB encaminhou a reclamação para a Secretaria de Saúde de Juazeiro. O órgão informou que o “médico teve um imprevisto, mas atendeu todas as pacientes. Como ocorre em todo atendimento médico, houve atendimento de prioridade”.
A realização do exame de ultrassonografia por um único profissional, por turno, vem gerando reclamações constantes entre as usuárias da unidade hospitalar.
Na última quinta-feira (1), a equipe do PNB foi procurada pelo marido da gestante Vanessa Crus Lacerda, 21 anos, que estava internada no Hospital Materno Infantil de Juazeiro, e precisava fazer uma ultrassonografia antes do parto.
Carlos Xavier disse a gestante chegou a ser preparada para uma cesariana, mas o parto foi cancelado por não ter um profissional que realizasse o exame de imagem.
“Chegamos em Juazeiro às 2h50 da madrugada. Até agora nós estamos aqui e o parto de minha mulher não foi feito, mesmo com o encaminhamento. Chegaram a preparar ela para fazer uma cesariana, mas, já indo para a sala de cirurgia resolveram não aceitar a ultrassom que pagamos particular, dizendo que estava errada e disseram que iam fazer outra no hospital. Minha esposa já estava vestida e pronta para fazer a cesariana e depois voltaram atrás. Nos informaram depois que o médico que faz a ultrassom estava com Covid e suspenderam o parto, sem dar nenhuma previsão”, relatou o pai.
Sobre este caso, a Ascom da Secretaria de Saúde disse que “cancelaram a cesariana porque a médica solicitou outra ultrassom”, mas não respondeu sobre a ausência de um profissional para realizar o exame e também não confirmou a informação de que o médico que realiza o procedimento estaria positivado com a Covid-19.
Redação PNB
Redação PNB
