“O poeta Luiz Galvão fazia poesia, como se falasse”, por Dadau Barbosa

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Espetáculo do verbo bom. O poeta Luiz Galvão fazia poesia, como se falasse. Seus olhos eram bolas de gude. Galvão era um menino que brincava de jogar palavrinhas soltas e que se cruzavam na emoção.

No mundo imaginário do poeta, uma casinha de interior, era pintada de sol e de lápis de cor, tinha a cara da gente; tinha janelões de butuca, tinha nariz de porta e boca de batente.

Tive a honra de interpretar obras primas desse poeta e amigo, que gostava de ceroulas estampadinhas de algodão, de um guardanapo e uma caneta bic .

Galvão era como o “vinhoto” pro solo. Sua vasta intelectualidade, transformava protestos raivosos em poesia boa de ouvir. O cacique se via no olhar ambiental do poeta. A pele esticada no orvalho, “coarava” almas estendidas em lágrimas de Raoni.

Gratidão pela permissão, poeta! Você virou letra em meu pensamento!

Por Dadau Barbosa

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