“Não tem maca”: diz SAMU de Juazeiro a usuários que precisaram do serviço hoje (9); Corpo de Bombeiros atendeu uma demanda e Sesau admite a falta do equipamento

Dois casos de usuários do sistema público de saúde de Juazeiro, que não foram atendidos pelo SAMU, por falta de macas, chegaram ao conhecimento do PNB nesta terça-feira (9).

A primeira situação ocorreu no início da tarde, próximo ao Camelódromo 2 de Julho, após um ciclista cair em um buraco.

“Hoje, por volta de 13:20, na avenida que fica na lateral de uma loja de móveis, logo em frente ao Camelódromo 2 de julho, ocorreu um acidente envolvendo um ciclista, que ao se descontrolar em sua bicicleta caiu em um buraco. Logo após o ocorrido, pessoas que presenciaram o acidente ligaram para o SAMU, pedindo o socorro para o rapaz, que se encontrava chorando de dor. O SAMU informou que não tinha maca para buscar o ferido. Em outro momento, disse que os carros não estavam disponíveis. Então, a população apelou para a ajuda da Polícia Militar, que prontamente auxiliou solicitando uma ambulância do Corpo de Bombeiros. Por volta das 14:30 o ferido foi socorrido. Quanto descaso com a saúde de Juazeiro! E logo nesta gestão que propôs tantas soluções para a saúde durante a campanha eleitoral”, observou um leitor do PNB no seu relato.

Outro caso aconteceu, também a tarde, com um morador do bairro Antônio Guilhermino, que sofreu uma convulsão e quando os vizinhos chamaram pelo SAMU, a mesma informação foi repassada: “Não tem maca”.

“O morador Ailton deu uma convulsão. Ele não está bem, não reage. Liguei para o SAMU e disseram que não tinha maca. Mandaram ligar para o Corpo de Bombeiros e lá disseram que era para o SAMU tomar providências. Voltei a ligar para o SAMU que disse não poder fazer nada, pois não tinha nenhuma maca. Vamos deixar o rapaz morrer?”, questionou uma moradora que enviou um vídeo ao PNB.

Confira:

Nós procuramos a Secretaria de Saúde de Juazeiro e o órgão informou que, “devido à retenção das macas do SAMU pelas unidades de saúde que compõem a Rede PEBA, os atendimentos foram inviabilizados. O SAMU ainda conseguiu se deslocar até o Antônio Guilhermino, após a liberação de uma de suas macas, contudo o paciente já havia sido removido. A superlotação das unidades hospitalares da Rede PEBA, é de conhecimento de todos e, frequentemente, as macas do Samu ficam retidas para acomodar os pacientes enquanto os leitos não estão à disposição”.

Redação PNB