O Ministério Público Federal de Minas Gerais pediu à Justiça a retirada de conteúdos de incitação ao ódio contra a comunidade LGBTQIAP+ da internet, feitos pelo pastor André Valadão.
Durante um culto transmitido pelas redes sociais da Igreja Batista da Lagoinha, no domingo (2), realizado no campus da igreja em Orlando, nos Estados Unidos, Valadão falou sobre “valores cristãos” e condenou o casamento homoafetivo.
Na transmissão, Valadão chegou a sugerir que seus seguidores matem pessoas LGBT, afirmando que “se Deus pudesse mataria todos para começar tudo de novo”.
“Essa porta [casamento homoafetivo] foi aberta quando nós tratamos como normal aquilo que a bíblia já condena. Então, agora é hora de tomar as cordas de volta, dizendo não, não, não. Pode parar, reseta. E Deus fala: Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava todo mundo a começava tudo de novo. Mas, prometi para mim mesmo que não posso, então, está com vocês. Vamos para cima. Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, afirmou.
Na ação, o MPF sugere R$ 5 milhões por danos morais coletivos e que o pastor arque com os custos de produção e divulgação de contrapontos às suas falas.
De acordo com o g1, o pedido também foi enviado para o Instagram e o Google para que analisem o conteúdo das publicações do pastor “diante da possível violação à política de combate ao discurso de ódio dessas plataformas”.
Segundo o MPF, a Google respondeu dizendo que “o vídeo foi revisado e não foi removido por violação das Diretrizes da Comunidade, sem apresentar outras justificativas.”
Redação PNB