Há 2 meses sem receberem os salários, funcionários da Promatre, em Juazeiro, desabafam: “Este hospital faz o que quer com os profissionais”; Gerência do Trabalho se manifesta

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No último dia 17 de julho, funcionários do Hospital Promatre, em Juazeiro, procuraram o PNB para denunciar o atraso no pagamento do salário do mês de junho. Eles cobraram da direção da instituição hospitalar que regularizasse a situação e relataram que “Pagaram a uns e deixaram outros ficaram sem receber”.

Nós entramos em contato com a direção, mas não obtivemos resposta.

Nesta quinta-feira (10), os trabalhadores voltaram a fazer contato com nossa redação para informar que a situação piorou. Agora já são 2 meses em atraso. Os funcionários estão sem receber pelos meses trabalhados de junho e julho.

“É muita falta de respeito com os profissionais. Não dão nenhuma previsão de pagar e fica por isso mesmo. A gente trabalha porque precisa, temos contas a pagar. É revoltante! Este hospital faz o que quer com os profissionais”, protestou um trabalhador.

Ele questionou o órgão de fiscalização: “Cadê o Ministério do Trabalho para agir por nós trabalhadores?”

Nós entramos em contato com a Gerência do Trabalho e Emprego, em Juazeiro, e o órgão informou que vai averiguar a situação e adotar providências.

No dia 19 de julho, eles relataram ainda que sofrem perseguição, humilhações e criticaram a gestão do hospital.

“É um absurdo o que vem acontecendo com os trabalhadores da Promatre. Além de atrasos no salário, sofremos com as represálias causadas pela nova gestão do hospital, com a coordenação de enfermagem e da manutenção. Vivemos numa ditadura, onde quem não faz o que eles ditam, são perseguidos e até mesmo colocados pra fora. Os donos nem sequer procuram saber o que os funcionários passam na mão desses que deveriam liderar. Há casos de perseguição e muita humilhação. Não podemos mais usar copos descartáveis, além de ter que levar talheres, é proibido o uso do elevador pelos funcionários. Onde iremos parar?”, questionou um trabalhador.

Outro funcionário complementou as reclamações: “A instituição vem desrespeitando nós, funcionários, responsáveis pelo funcionamento da unidade. Colocaram um guarda dentro do elevador para que os funcionários não utilizem, ignorando até quem tem limitações e dificuldades para subir escadas, ainda que pequenas. Querem nos proibir de comer na copa do setor, de trazer nossa comida, mas não fornecem comida de qualidade. Para uns é um pingo de comida no almoço, para outros umas serras. A carne é contada, trocaram o pessoal da cozinha, com novas contratações, e a qualidade piorou. Sobre pagamento não podemos perguntar, pois somos tratados com hostilidade, além de correr o risco de sermos perseguidos e até demitidos, como já ocorreu recentemente com um funcionário que tinha 18 anos de casa, querido por todos. Pagamento sai pra uns e outros não. Gostaríamos de saber que critério é usado para a escolha de quem vai receber e quem não. Priorizam pagar a todos os outros setores e a enfermagem não. Quando o paciente dá entrada na unidade, quem vai salvar a vida dele? O pessoal do administrativo ou a enfermagem e os médicos?” perguntou.

Ele finalizou relatando que a instituição está passando por “crise financeira” e questionou: “O que sabemos é que o hospital está em crise financeira, mas todo dia é uma contratação nova “pedidos políticos”. A recepção nem cabe mais de tanta recepcionista. Contratados novos têm mais direitos do que os veteranos. O clima no hospital é de tensão e insatisfação. Precisamos do mínimo de dignidade para trabalhar e não temos”, concluiu.

Redação PNB

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