Em 2009 conheci Juazeiro e por ela me apaixonei! Em 2017, deixei Juazeiro, retornei uma vez, e ouso dizer: Foram os melhores anos da minha vida! Estava cercado pelos muros da Academia. Estava realizando meu sonho: Estudar Jornalismo. O Campus me acolheu! Conheci amigos e amigas incríveis. Pessoas que me acolheram e me amaram, ainda amam. Conheci o Rio São Francisco, nosso Velho Chico. Conheci a Ilha do Fogo e por ela me apaixonei! Eu amava cruzar os estados PEBA, Pernambuco e Bahia, através da Ponte Presidente Dutra, Petrolina e Juazeiro.
Eu conheci Paulla Ribeiro e por ela me apaixonei. Uma amiga irmã, minha fotógrafa particular. Conheci Sibelle Fonseca, e por ela me apaixonei. Minha editora, âncora de fôlego. Fatel dedilhando seu violão e cantando pra mim após o almoço no quintal de Sibelle Fonseca. Foi arrebatador! Eu havia sido contemplado pelas deusas e deuses por tamanha dádiva. Fatel, algum dia desses me respondeu que aquela letra permanecera inedita. Conheci Ailton Nery e Semário Andrade, meus editores, meus diretores de imagem. Yonara Sansyl, minha jornalista, companheira “paia”, como denominamos nossa turma 2009.2.
Odomaria Rosa Bandeira Macedo que ainda em 2009 nos apresentou a Antropologia e pela disciplina me apaixonei. “As identidades dançam”, disse-nos ela no Acervo da Professora Maria Franca Pires. Lupeu Lacerda, entre o alho e o sal. O Clae, o Círculo Literário Analítico Experimental, com sua revista fanzine Flores do Mal, que todo mês cobrava a João Gilberto.
Eu sei hoje, o que é “respeitar a madrugada”, como me disse Danilo Duarte, cujo TCC no Jornalismo discutiu “A importância do porto na cidade para a construção de uma identidade boêmia em Juazeiro-BA”, ou algo como isso.
Meu coração foi arrebatado ao sétimo céu, por vezes as lembranças vem a noite, muitas vezes. Lágrimas escorrem. Silêncio e dor. Eu deveria ter conciliado a feitura do meu TCC com as rotinas produtivas do Portal Preto no Branco, dela, Sibelle Fonseca, onde vocês me leem. Todavia, não quero olhar no retrovisor com uma nostalgia pessimista. Quero evocar as memórias e olhar para o presente e para o futuro com o mesmo calor arrebatador que Juazeiro me acolheu em 2009!
O Campus III da Universidade do Estado da Bahia é minha casa de formação acadêmica e intelectual. Como lá aprendi e também fui amado e humanizado. Minha diretora Aurilene Rodrigues, minha orientadora Marcia Guena, o corpo docente de Jornalismo e Pedagogia, Agronomia, Direito, o Aqueduto histórico, as mangueiras e cajueiros…
Uma cidade que me oferta na Praça da Bandeira, o Santuário de Nossa Senhora das Grotas e uma Loja Maçônica, Cida e seu rango, que nos acolheu por tantos anos, nas madrugadas que evocam uma juazeiranidade que não se apaga facilmente da memória.
Ainda não escrevi tudo, mas não quero cansar a audiência. Juazeiro, como te amo! Gratidão e me espere logo mais, afinal, quem bebe das águas do Velho Chico, delas, jamais se esquece. Gratidão!
Juliano Carmo é Jornalista em Multimeios



