Nos últimos dias 26 de Fevereiro e 7 de março, o PNB foi procurado por pacientes do TFD- Tratamento Fora do domicílio de Juazeiro, Norte da Bahia, cobrando da Secretaria Municipal de Saúde, o transporte necessário para os atendimentos em hospitais e clínicas, em Salvador, onde fica a casa de apoio do programa. O veículo apresentou problemas mecânicos há mais de 20 dias, uma situação constante, segundo os usuários.
Nas duas ocasiões, o PNB ouviu o órgão municipal que lamentou a situação e garantiu que o transporte havia sido encaminhado para manutenção e que já estava adotando providências, junto à empresa, para a troca do automóvel.
No entanto, nesta quarta-feira (13), nenhuma providência foi tomada e os usuários continuam sem o transporte.
Hoje, novamente, procuramos a Sesau. O órgão não deu nenhuma previsão para o retorno do transporte. Apenas lamentou “os transtornos sofridos e informou que está tomando todas as medidas para resolver a situação o mais rápido possível.”
Segundo relatos dos usuários do serviço, muitos pacientes oncológicos estão deixando de fazer as sessões de radioterapia, por falta de recursos para pagarem o transporte.
“Não aguentamos mais esse descaso com nós pacientes da casa do TFD. O carro da casa que leva a gente para os hospitais já tem mais de 15 dias que quebrou e disseram aqui na casa que viria um carro novo, pois aquele não tinha mais condições de rodar aqui em Salvador. Tem pacientes desistindo de fazer suas radioterapias porque não têm dinheiro para ir. Não sabemos mais o que fazer. Já procuramos a Secretária de Saúde e nada foi resolvido. Soubemos que o carro foi para Petrolina, pois é de uma locadora. Por que essa locadora não manda outro? Teremos que desistir dos nossos tratamentos? Clamamos por ajuda,” apelou uma paciente.
“Eu como paciente estou aqui para fazer uma denúncia do descaso que está acontecendo na casa do TFD em Salvador. O carro que estava parado a quase dois meses voltou a funcionar, mas não aguentou 30 dias e já está quebrado de novo. Tem pessoas aqui gastando, sem ter, 40 reais por dia com transporte. Em um média dá mais de 1.000 reais. O carro está com vários defeitos, inclusive o piso está com um buraco que dá para ver o chão. O piso está podre. Um absurdo. Além disso também tem o calor, pois o veículo não tem ar condicionado e o vidro não abre. Estamos passando por muitas dificuldades aqui”, criticou um usuário.
Redação PNB
