Mãe de gestante internada na Maternidade de Juazeiro cobra uma cesariana e denuncia atendimento: “Botaram a gente pra fora”

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Carla, mãe de uma gestante de 16 anos, procurou o PNB na noite desta quarta-feira (1), para denunciar o atendimento da Maternidade de Juazeiro. Ela contou que a filha estava internada na unidade desde a última segunda-feira (29, após sentir contrações e apresentar dilatação. Após mais de 2 dias, a paciente foi mandada para casa, ainda sentindo dores, conforme relatou. A alegação, segundo a mãe, foi a de que no hospital não havia material para indução do parto ou para uma cesariana.

“Minha filha a outra gestante que aparece no vídeo que eu enviei, foram mandadas embora da maternidade, porque alegaram que não tinha material. Minha filha entrou na segunda-feira, três horas da tarde, com a criança que estava na posição pélvica, que é sentado. O médico fez o procedimento, conseguiu virar a criança, após isso, mudou o plantão, a médica que entrou em plantão disse que ia induzir e eu fiquei esperando. Entrou outra paciente em estado mais grave e o atendimento de minha filha para o outro plantão. Nesse outro plantão a médica disse que ela estava com algum problema porque a barriga dela é muito pequena. Foi feita uma ultrassom hoje pela manhã. O médico me disse que o menino estava com 2K940, no ponto já de nascer. Ele estava de cabeça para baixo, mas o colo do útero dela fechado, com quatro dedos de dilatação, sentindo muita dor, que já mostra que ela não tinha condição de ter parto normal. Então, a gente foi encaminhada direto para o médico. Quando chegou lá o médico foi sincero comigo e disse que não ia induzir o parto, porque não tinha material na unidade. Que não tinha material e que se ele fosse induzir, ela poderia precisar de alguma intervenção cirúrgica e o material não tinha. Então, por isso que ia mandar ela ir pra casa e caso evoluísse, voltasse. Mandou a gente ir pra casa,” disse a mãe.

Ela relatou ainda que, juntamente com a filha, foi posta para fora na unidade e que ameaçaram chamar a polícia.

” No momento que eu questionar que nós já estávamos na unidade, ela com os contrações,  já tinha passado 3 dias dentro do hospital e por que mandar pra casa, foi que chegou o porteiro e as pessoas lá pra botarem a gente pra fora, dizendo que minha filha não era mais paciente, já que ela foi mandada embora. Eu fui, peguei minhas coisas e saí pro lado de fora, quando comece a gravar o vídeo, simplesmente, teve um dos maqueiros que falou que já tinham chamado a polícia, porque estava com a perturbação da ordem pública. Eu não sei se eles foram, pois fomos embora, junto com umas 10 pessoas que tinham lá. Eu não quis pagar para ver, porque a corda quebra para o lado mais fraco. Eu peguei minha filha, chamei um carro de aplicativo e fui embora,” contou Carla que deixou a unidade com a filha sentindo dores: “Ela está aqui em casa, do mesmo jeito que saiu do hospital, precisando de uma assistência. Se apertar mais, vamos voltar e quero ver se vão dizer que não tem material, pois enquanto eu estava lá dentro, eu vi gente, que tem conhecimento com pessoas lá dentro que estavam fazendo cesariana, normal, como se nada tivesse acontecendo. Para a pessoa ser atendida tem que ter peixada. Foi isso que eu percebi lá dentro. Um descaso o que estão fazendo com minha filha!” protestou.

Ainda de acordo com a mãe, a direção do hospital não confirmou a falta de material na unidade e afirmou que sua filha não estava em trabalho de parto, ao que ela questiona, cobrando a realização de uma cesariana: “Eles alegaram que não tem material e logo depois veio uma nota do hospital dizendo que ela não estava em trabalho de parto, que vai até 41 semanas e ela está com 38 semanas. O médico me disse que estava para nascer e eu não estou mentindo. Ela já com 4 dedos de dilatação e tem esperar sofrendo de dor até mais duas semanas? Porque a data provável do parto dela é pro dia 14 de maio se ela começou o trabalho de parto agora? Não tenho como ficar com ela em casa sentindo tantas dores,” concluiu a mãe.

Por volta das 22h30, ela informou ao PNB que estava voltando para a unidade.

Encaminhamos a situação para a Secretaria de Saúde.

Redação PNB 

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