Preto no Branco

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Carnaval de Juazeiro/2025: assessoria do Prefeito eleito Andrei Gonçalves confirma festa para o período de 13 a 16 de fevereiro; Suzana Ramos ainda não instituiu equipe de transição

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Mesmo sem ainda poder criar uma equipe que esteja à frente do processo de transição da Prefeitura de Juazeiro, o Prefeito eleito, Andrei Gonçalves, vai realizar o carnaval de 2025. A informação foi confirmada pela Assessoria de Comunicação do novo gestor ao Portal Preto No Branco.

A folia momesca será realizada de 13 a 16 de fevereiro, portanto, 15 dias antes do carnaval oficial, como acontece desde a antecipação do evento na cidade.

Há três meses do período previsto para a festa tradicional, em Juazeiro, o novo governo deverá correr para garantir as atrações, patrocinadores e toda logística necessária para a festa popular.

Transição

A Lei 10.609/2022 permite que o novo prefeito eleito possa criar uma equipe que esteja à frente do processo de transição entre governos.

No último dia 23 de outubro, durante reunião com a prefeita Suzana Ramos e alguns secretários municipais, o prefeito eleito Andrei Gonçalves (MDB), entregou um ofício formalizando o pedido para a transição, visando garantir agilidade no processo de mudança de governo.

No entanto, diferente de outros municípios brasileiros, até o momento, a Prefeita Suzana Ramos não publicou o decreto instituindo o processo, que tem como objetivo propiciar condições para que o novo gestor tenha as informações necessárias para iniciar um novo mandato, sem depender da boa vontade da gestão anterior em repassar informações importantes.

Redação PNB

 

MPBA e CNPG lançam campanha de combate ao racismo institucional

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Quantas pessoas negras em cargos de liderança você conhece? Pensou? O convite à reflexão é feito pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), que lançaram hoje, dia 19, uma campanha de combate ao racismo institucional. Nela, os órgãos lembram que ‘não existe igualdade sem oportunidade’. Chances, possibilidades que, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ainda são escassas para os negros no mercado de trabalho, “um espaço de reprodução da desigualdade”. A campanha foi idealizada pelo MPBA em parceria com o CNPG, por meio do Grupo Nacional de Comunicação, Transparência e Publicidade (GNCOM), presidido atualmente pelo procurador-geral de Justiça da Bahia Pedro Maia.
Titular da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, de Defesa das Comunidades Tradicionais e das Cotas Raciais, a promotora de Justiça Lívia Sant’Anna Vaz destaca a importância de enfrentar o racismo institucional para o avanço da democracia no país. ‘O racismo institucional atualmente é um dos principais entraves para que nós possamos de fato falar de uma democracia no Brasil e em uma justiça social que tem como pressuposto uma Justiça racial também. Num estado democrático de direito, as instituições públicas e privadas deveriam refletir minimamente a diversidade étnico-racial da população brasileira e isso não acontece”, disse.

A campanha visa conscientizar a população sobre a importância da diversidade étnico-racial nos espaços de poder, decisão e liderança. Uma ação que pretende despertar e fomentar a mobilização contra a violência silenciosa que afeta a autoestima e a chegada em cargos de liderança e melhores salários de pessoas negras. A campanha foi produzida em homenagem ao ‘Novembro Negro’ e será divulgada, até o próximo dia 30, em TVs, rádios e sites, por meio de peças publicitárias, como cards, Vts, spots, banners e outdoors. São parceiros da campanha a Rede Bahia, Rede Record, Grupo Aratu, Rádio Sociedade, CCR Metrô, Grupo A Tarde, Central de Outdoor, Girlan Outdoor, TV ônibus , CBN, Rádio Gospel e Rádio Cultura.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), promotor de Justiça Rogério Queiroz, destacou a importância das instituições se conscientizarem sobre a promoção da igualdade étnico-racial como forma de combater o racismo. “Precisamos nos debruçar sobre o legado histórico que nos conduziu a essa realidade que vivemos atualmente. Racismo estrutural é algo real e concreto que impele pessoas negras a uma realidade completamente diversa das pessoas brancas”, afirmou.
Censo étnico-racial MPBA
A atuação do MP baiano no combate ao racismo e promoção da igualdade racial é cotidiana. A Instituição criou a primeira Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo do país e o segundo a estabelecer cotas raciais no concurso público para promotores. Na última semana, o MPBA divulgou o seu ‘1º Censo Étnico-Racial’, revelando que 34% dos promotores de Justiça que integram a Instituição são negros, um percentual inferior à representatividade de negros na população baiana, que atinge cerca de 80%, conforme o IBGE.
O censo é fruto do Programa de Enfrentamento ao Racismo Institucional (Peri), instituído em 2021.

Retrato do Judiciário. O Diagnóstico Étnico-Racial publicado pelo Poder Judiciário em setembro de 2023 apontou que apenas 1,7% dos magistrados e magistradas do país se declarou pretos ou pretas, enquanto 12,8% se autointitularam pardos e a maioria, 83,3%, identificou-se como branca. Dos magistrados ativos, somente 0,5% foram aprovados por meio das cotas raciais regulamentadas pelo Conselho Nacional de Justiça, o que revela que a maioria dos juízes e juízas negras enfrentou a ampla concorrência para ingressar na carreira.
Dados Dieese
O estudo publicado em novembro de 2023 pelo Dieese revela o quanto as possibilidades de ascensão são desiguais para a população preta e parda no mercado de trabalho. Baseado em dados do 2º trimestre de 2023, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Departamento Intersindical registra que, embora os negros representem 56,1% da população em idade de trabalhar, eles ocupam apenas 33,7% dos cargos de direção e gerência. Em geral, os negros conseguem se colocar em postos mais precários e têm maiores dificuldades de ascensão profissional. Apenas 2,1% dos trabalhadores negros estão em cargos de direção ou gerência, enquanto a proporção dos homens não negros é de 5,5%, registra o estudo, concluindo que “na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida, não se pode deixar que mais da metade dos brasileiros seja sempre relegada aos menores salários e a condições de trabalho mais precárias apenas pela cor/raça ou pelo gênero”.
Cecom/MPBA

Curaçá se prepara para a 1ª Edição da Festa Literária e promete movimentar a cidade e a cultura local; evento acontece de 21 a 23 de novembro

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O município de Curaçá, no sertão baiano, se prepara para viver a sua tão esperada 1ª Festa Literária, que tem como tema “Os Paus Trançados das Letras: nossos modos de escrita da história”. A FLIC será realizada entre os dias 21 e 23 de novembro e suas atividades acontecerão no CETEP Maria de Almeida Araújo, na parte do dia, e na histórica Praça Raul Coelho, em frente ao centenário do Teatro Raul.

A FLIC, visa proporcionar aprendizado, conhecimento e busca ressaltar o que há de belo na literatura e nas artes geradas na região localizada a 601 quilômetros de Salvador, com uma população de 34.180 habitantes.

Curaçá é conhecida na Bahia como a Capital dos Vaqueiros, pois além de toda a sua identificação com a cultura do couro que vem desde o período colonial com a ocupação dos sertões, realiza desde 1953 a sua tradicional Festa dos Vaqueiros, que se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial da Bahia em 2017. Curaçá também é a terra da Ararinha Azul, espécie que foi reintroduzida na natureza em 2022.

Além disso, durante todo o ano Curaçá vive um calendário festivo e cultural que evidencia uma diversidade de expressões artísticas, sendo algumas delas o Baile Pastoril, a procissão de São Benedito, a Marujada, as rodas de São Gonçalo, o São João de Barro Vermelho, a Romaria da Gruta de Patamuté, entre outras.

A FLIC terá três dias intensos de mesas temáticas, durante o dia, que contarão com a participação de escritores, professores, memorialistas. Entre os escritores destacamos o cearense Sidney Rocha, ganhador do prêmio Jabuti, o mais importante prêmio da literatura no Brasil, e o baiano Aleilton Fonseca, membro da Academia Baiana de Letras. Acontecerão também lançamentos de livros, exposições, a exemplo da exposição de quadros do artística curaçaense Kekê Di Bella, e materiais dos acervos Maria Franca Pires, da UNEB, e do Acervo Curaçaense, além de performances artísticas, oficinas, biblioteca de extensão da Fundação Pedro Calmon, a Bibex – com programação voltada para os leitores infantojuvenis, e programação infantil que conta a presença da Kombi do Zé Livrório.

Durante a noite ocorrem os shows de músicos da cidade, da região do Vale do São Francisco e de outras regiões do Brasil, como Filhos de Zaze, João Sereno, Maviael Melo, P1 Rappers, Joice Guirra, Jaidete Varjão, Luiz do Humaytá, Roberto Possídio, Paulo Soares, Galeota das Artes, Semi-Áridas, Jéssica Caitano e Edvaldo Santana.

Com as atividades acontecendo em lugares e horários diversos, a FLIC também vai contar com a presença de estudantes da rede estadual de ensino que terão a oportunidade de apresentar suas criações artísticas, fruto da parceria com o CETEP Maria de Almeida Araújo e outras escolas estaduais do município.

O curador da FLIC, o professor doutor Josemar Martins, popular Pinzoh, explica que a festa surgiu de diversas necessidades, sendo a maior delas, a ausência de um evento lítero-musical desta envergadura na cidade de Curaçá.

“A 1a edição da Festa Literária de Curaçá é um sonho e uma luta nossa desde 2019, então agora conseguimos recursos do Governo do Estado da Bahia, por meio de uma emenda parlamentar do Deputado Zó, através da Secretaria de Secretaria de Educação, e através do patrocínio da SUFOTUR, com realização da produtora Carranca e com apoio do Acervo Curaçaense, da Galeota das Artes, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), da BlueSky e do CETEP Maria de Almeida Araújo, para realizar este sonho, que será a primeira edição de muitas que virão. Nossa utopia é consolidar Curaçá como um polo cultural, literário e musical do Estado da Bahia, além do que a cidade já é!”, frisou.

A 1ª edição da Festa Literária de Curaçá – FLIC, é uma realização da Carranca Produções, com recursos do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Secretaria de Educação e da SUFOTUR, em parceria direta com o CETEP Maria de Almeida Araújo, e conta com o apoio da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), através do Departamento de Ciências Humanas do Campus III; Acervo Curaçaense; Galeota das Artes; e da empresa BlueSky.

Mais informações sobre a programação no perfil no Instagram @flic.oficial .

Ascom

Cidadania: Após alerta de leitor do PNB, DNIT conserta estrutura do pontilhão que corria o risco de desabar

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O leitor que alertou sobre problemas e risco de desabamento de parte da estrutura do pontilhão que dá acesso à feira livre do bairro Alto da Maravilha, em Juazeiro, voltou a fazer contato com nossa redação nesta quarta-feira (20). Desta vez, para registrar que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes- DNIT realizou o serviço de reparo no local.

“Passando para agradecer o apoio. Ao passar hoje pelo trecho que estava com risco de queda, verifiquei que DNIT já fez a manutenção. Muito obrigado pela ajuda”, agradeceu.

Após o alerta feito por Jacob, o DNIT, acionado pelo PNB, informou que tinha solicitado à empresa responsável pela manutenção do trecho para verificar a situação. A autarquia salientou que equipe técnica faria os reparos necessários no local.

Alertas

“Hoje vi essa cena e fiquei com medo. Essa parte da estrutura pode cair a qualquer momento, causando um grave acidente. Todos os dias faço esse percurso, que tem um fluxo de pessoas muito grande, e temo que a estrutura se solte. Fica o alerta, pois está um perigo,” alertou na ocasião.

“Passei aqui novamente, e a situação está pior. Há um risco iminente de a estrutura cair sobre um cidadão juazeirense ou qualquer outro cidadão que passar aqui embaixo. É um pedaço de concreto enorme. Se cair em cima de alguém, é óbito na certa. Não sei se por ser uma BR, a obrigação de adotar providências é do DNIT ou da prefeitura, mas espero que essa situação possa ser resolvida o mais rápido possível”, alertou.

Redação PNB 

Curta-metragem gravado na Ilha do Massangano estreia neste Dia da Consciência Negra, com exibições gratuitas em Petrolina; sessão terá início às 19h

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O Coletivo Ônibus e a Abajur Soluções lançam nesta quarta-feira, 20 de Novembro, o curta-metragem “Pé de Chinelo”, um filme de cerca de 19 minutos com cenas gravadas em Petrolina. Para contemplar o público petrolinense, serão realizadas exibições gratuitas em quatro pontos diferentes da cidade, com estreia no Dia da Consciência Negra, na Ilha do Massangano, cenário escolhido para as filmagens. A sessão terá início às 19h.

O curta conta a história de um menino que quer estudar e não consegue por não ter um par de tênis. Esse enredo tão comum em nosso país, pela imensa desigualdade social, se desenvolve com muita delicadeza, de maneira a surpreender e encantar a quem o assistir. O elenco principal é formado por moradores da Ilha e o roteiro é uma adaptação do conto “Burrego”, que faz parte do livro “Tábua de Marés”, de Cátia Cardoso, diretora de “Pé de Chinelo”.

A ideia de fazer a adaptação e realizar o curta surgiu a partir do desejo de proporcionar à comunidade do Massangano um trabalho artístico, feito com mão de obra local, através do qual eles se vissem retratados e orgulhosos de pertencerem àquele lugar. Além disso, o filme busca criar uma representatividade social através do menino que dá voz a todas as crianças carentes e sonhadoras do mundo, inclusive aquelas que já estão de cabelos brancos.

Este projeto é uma coprodução do Coletivo Ônibus e da Abajur Soluções, e teve o incentivo da Lei Paulo Gustavo – LPG no estado de Pernambuco.

Programação:

20/11: 19h – Ilha do Massangano
26/11: 19h – Cineteatro CEU das Águas (bairro Rio Corrente)
28/11: 19h – Fundação Nilo Coelho (Centro de Petrolina)
09/12: 19h – Janela 353 (Centro de Petrolina)

Ascom

Operação Sertão Forte: ação da CIPE- Caatinga apreende armas e drogas, em Sento Sé; na ação, homens foram atingidos por tiros 

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A Polícia Militar da Bahia, através da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE-Caatinga), apreendeu nesta quarta-feira (20), armas e drogas em Sento Sé, Norte da Bahia.

“Os Policiais Militares, durante a execução da Operação Sertão Forte, com objetivo de reduzir os índices de homicídios, foram informados sobre suspeitos portando armas de forma ostensiva e ameaçando a populares, bem como realizando o tráfico ilícito de entorpecentes na localidade”, afirmou a PM.

Ao chegarem ao local informado, segundo informação da PM, os “policiais foram recebidos por vários disparos de arma de fogo”. No revide, os dois suspeitos foram atingidos.

Cessado o confronto, foi verificado que havia dois suspeitos caídos ao solo.”

Ainda de acordo com a PM, com eles foram encontrados “01(uma) pistola G2c, cal 9mm, marca Taurus, nº de série AOD825070, com 07 munições intactas, 01(um) revólver cal. 32, marca Taurus, n° de série 779275, com 03 munições cal.32 deflagradas e 02 munições intactas, 01 (uma) barra de erva seca análoga à maconha prensada, 01 (um) pedaço pequeno de erva seca análoga à maconha prensada, 01 (um) saco contendo substância análoga à cocaína, 01 ( uma) balança digital de precisão, 04 (quatro) Smartphones, 01 (um) coldre velado para revólver e R$ 270,00 (duzentos e setenta) reais em espécie”.

Segundo informações que chegaram ao PNB, os homens atingidos por disparos de arma de fogo foram a óbito.

Redação PNB, com informações Ascom/CIPE-Caatinga

Dia da Consciência Negra: Mulheres que dedicaram suas vidas para mudar a história do Brasil

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Ao longo da história do Brasil, as mulheres negras foram fundamentais para a evolução da sociedade, nas diversas áreas. Elas contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento, da cultura, da economia, da política e movimentos sociais. Além do racismo, a misoginia e a desigualdade de oportunidades foram barreiras quase que intransponíveis para que elas pudessem atuar com liberdade, autonomia e protagonismo. 

É impagável a dívida histórica que o Brasil tem com a população negra, e sobretudo com as mulheres negras, invisibilizadas, silenciadas, consequências da herança escravocrata.

Na escola se estuda os vultos, heróis e heroínas, ainda que raras, brancos. Pouco se fala  sobre a memória negra do país além da escravidão. No que tange as mulheres negras é ainda mais grave, pois elas não aparecem nos livros, nas aulas, e até mesmo os professores desconhecem suas contribuições.

Neste 20 de Novembro, em que se comemora o Dia da Consciência Negra, o Portal Preto No Branco resgata a história de algumas mulheres que dedicaram suas vidas para mudar a história do Brasil.

Resgatamos alguns nomes entre os tantos que contribuíram e contribuem, de forma anônima ou de destaque, na luta por igualdade de direitos e na conquista de espaços para as mulheres brasileiras.

Dandara

Dandara, mulher negra e guerreira é um dos principais nomes da luta negra no Brasil. Teve papel fundamental na construção e comando do quilombo dos Palmares, um dos marcos da resistência contra o regime escravocrata brasileiro, que existiu e resistiu como quilombo por mais de 100 anos.

No quilombo de Palmares, Dandara participou do estabelecimento do primeiro estado livre nas terras da América, um estado africano pela forma como foi organizado e pensado, tanto do ponto de vista político quanto militar, sociocultural e econômico.
Companheira de Zumbi, Dandara foi mãe de Aristogíton, Harmódio e Motumbo.

Sua vivência enquanto mulher negra e de luta lhe caracterizou a alcunha de guerreira, visto que, além de dominar técnicas de capoeira, também lutou junto aos cerca de 30 mil aquilombados, comandando o exército palmarino. Em Palmares teria chegado menina, tendo participado além da resistência, nas atividades cotidianas como caça e agricultura.

Não há registros da origem de Dandara. Sua ascendência e local de nascimento são incógnitas, mas acredita-se que tenha nascido no Brasil e se estabelecido em Palmares ainda nova.

Sempre guiada pelo ideal de liberdade e em defesa do Quilombo que durou mais de 100 anos, Dandara foi contrária a um tratado de paz proposto pelo Governo Português, por encontrar nele caminhos para a volta da escravidão. Dandara sabia que o tratado poderia significar o fim do Quilombo e o retorno da escravização de sua comunidade assim, não se vendeu em troca de uma liberdade incompleta e manteve-se firme em sua ideologia até seus últimos dias.

Dandara dos Palmares é mais uma mulher negra apagada pelo machismo e racismo, sua vivência negava o lugar social destinado para as mulheres e negras tanto na época em que viveu como hoje em dia, sua luta contra as raízes da opressão traziam extremo incômodo para a sociedade. A líder e guerreira tem sua imagem frequentemente lembrada sob a sombra de seu marido, Zumbi.

Há relatos de que ela tenha se suicidado, pulando em uma pedreira após ser capturada em 06 de fevereiro de 1694. Preferia a morte a voltar a ser escrava. Se vivesse nos tempos atuais, provavelmente incomodaria muitas pessoas que se negam a enxergar o machismo racista estruturante da sociedade.

Apesar das lacunas na sua história e imagem, Dandara vive em cada um de nós que luta por liberdade e por uma vida mais digna e justa.

Tereza de Benguela

Tereza coordenou o Quilombo do Quariterê, maior quilombo do Mato Grosso. Apesar de existirem diversas versões sobre sua história, sabe-se que seu quilombo abrigava mais de 100 pessoas. Ficou conhecida como Rainha Tereza em alguns registros históricos.

Em 1922, o dia 25 de julho foi instituído como o dia da Mulher Afro-latinoamericana e caribenha. No Brasil, a data só foi oficializada em 2014 e se transformou no Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Antonieta de Barros

Jornalista, fundadora e diretora do jornal “A Semana”, foi a primeira mulher negra eleita deputada federal no Brasil. Nasceu em 1901 e enfrentou inúmeras dificuldades para conquistar espaços que na época não eram ocupados por mulheres, encontrou mais dificuldades ainda por ser negra.

Começou a trabalhar como jornalista em 1920, também foi educadora, além de fundadora do Curso Antonieta de Barros, o qual dirigiu até 1952, ano de sua morte.

Carolina Maria de Jesus

Autora do best seller “Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada” em 1960, morou a maior parte de sua vida na favela do Canindé, em São Paulo. Sua obra, assim que lançada, vendeu 10 mil cópias em cerca de uma semana, foi traduzida em mais de duas dezenas de línguas e vendida em mais de 40 países. Apesar de sua obra ser reconhecida mundialmente, muitos brasileiros desconhecem.

Antes de se tornar uma notória escritora, trabalhou como catadora de lixo para criar sozinha seus três filhos.

Maria Firmina dos Reis

Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís do Maranhão, em 11 de outubro de 1825, “filha natural” da escrava alforriada  Leonor Felippa dos Reis, tendo como avó a também escrava alforriada Engrácia Romana da Paixão. Em 1847, é aprovada em concurso público para a Cadeira de Instrução Primária na vila de São José de Guimarães, no município de Viamão, situado no continente e separado da capital pela baía de São Marcos. Segundo Morais Filho, ao se aposentar, no início da década de 1880, a autora funda, na localidade de Maçaricó, a primeira escola mista e gratuita do Maranhão e uma das primeiras do país. O feito causou grande repercussão na época e por isso foi a professora obrigada a suspender as atividades depois de dois anos e meio. A professora foi presença constante na imprensa local, publicando poesia, ficção, crônicas e até enigmas e charadas. Além disso, teve participação relevante como cidadã e intelectual ao longo dos noventa e dois anos de uma vida dedicada a ler, escrever, pesquisar e ensinar. Atuou como folclorista, na recolha e preservação de textos da cultura e da literatura oral e também como compositora, sendo responsável, inclusive, pela composição de um hino em louvor à abolição da escravatura. Firmina é autora de Úrsula, publicado em 1859. Livro revolucionário para o seu tempo, figura como o primeiro romance abolicionista de autoria feminina da língua portuguesa. Defensora da abolição, em 1887 publica na imprensa o conto “A escrava”, texto abolicionista empenhado em se inserir como peça retórica no debate então vivido no país em torno da abolição do regime servil. Maria Firmina dos Reis faleceu aos noventa e dois anos, em 11 de novembro de 1917, pobre e cega, no município de Guimarães.

Lélia Gonzalez

Lélia dedicou sua vida à luta das mulheres negras no Brasil e é considerada atualmente um dos grandes nomes do movimento negro no país. Graduada em história e filosofia, lecionou na rede pública de ensino e deu aula de Antropologia e Cultura Popular Brasileira na PUC-RJ. Lélia fez parte do Instituto de Pesquisa das culturas negras (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras. É autora das obras Festas populares no Brasil, premiado na feira de Frankfurt, e Lugar de negro. Criou o conceito de Amefricanidade, que trata da questão fundante da América e do Caribe a partir da África.

Sueli Carneiro

Doutora em filosofia pela USP, foi a única negra no curso de graduação da Universidade, na década de 1970. Atualmente, Sueli é uma das mais importantes pesquisadoras sobre feminismo negro do país. Seu nome e história foram relacionados à formulação da política de cotas e à lei antirracismo.

Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, uma das maiores organizações políticas de mulheres negras contra o racismo e sexismo, além disso fornece assistência jurídica gratuita a vítimas de discriminação racial e violência sexual. É ganhadora dos prêmios Benedito Galvão, Prêmio Direitos Humanos da República Francesa e Prêmio Bertha Lutz.

Redação PNB (pesquisas em sites variados)

Bagunça geral: Secretaria de Saúde de Juazeiro desconta valor da pensão alimentícia de servidor e não repassa para a criança: “Gerando riscos para mim como pai”

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Um servidor concursado da Secretaria de Saúde de Juazeiro, que pediu para não ser identificado, em contato com nossa redação, relatou a dor de cabeça que passou em consequência de um erro do setor administrativo do órgão.

Ele conta que a Sesau descontou o valor da pensão alimentícia de seu filho, mas, até o momento, não repassou para a criança.

“Sou funcionário concursado da Prefeitura de Juazeiro, mais especificamente da Secretária de Saúde. Recebi meu salário no dia 08/11, mas o valor da pensão que é descontado em meu contra cheque, ainda não foi repassado para conta do meu filho, gerando um transtorno familiar enorme, gerando riscos para mim como pai. Se eu recebo no quinto dia útil, porque esse dinheiro não vai pra conta do meu filho também no mesmo dia? Essa situação de bagunça vem se agravando após as eleições!” relatou o servidor.

Estamos encaminhando a situação para a Sesau.

Redação PNB

Secretaria de Saúde Juazeiro volta a descumprir previsão de pagamento para ontem (19) dos profissionais contratados: “A revolta é geral”

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Na expectativa de receberem os seus salários nesta terça-feira (19), após a previsão dada pela Secretaria de Saúde de Juazeiro, os profissionais contratados ficaram frustrados ao conferirem que os pagamentos não foram efetuados.

Revoltados, eles voltaram a procurar o PNB para protestar contra o atraso no pagamentos dos salários do mês de outubro.

A Secretaria de Saúde já havia informado uma previsão para pagar na segunda-feira (18), não cumpriu. Procurada pelo PNB, informou que “o recurso aguardado para efetuar os pagamentos estavam previstos para esta terça-feira (19)”. Também não cumpriu.

Sem salários, profissionais do SAMU, do Hospital Materno Infantil e da Unidade Pediátrica amargam dificuldades para pagar suas contas e manterem suas famílias.

“Mais uma previsão que não foi cumprida. Continuamos sem receber nossos salários, faltando 10 dias para o próximo mês”, informou um contratado.

“A expectativa ontem foi geral, mas quando verificamos nossas contas, nada de salário. Conta zerada!” disse outra servidora.

“Revoltante! Estamos todos revoltados”! desabafou um profissional.

Vale Transporte

Além de atrasar o pagamento dos salários dos profissionais de saúde contratados, que até o momento não foi efetuado, a Secretaria de Saúde de Juazeiro não tem garantido o benefício do transporte aos servidores.

Uma profissional do Hospital Materno Infantil, em contato com o PNB, nesta terça-feira (19), relatou a dificuldade que está passando para chegar até o local de trabalho.

“Além do salário que não caiu, a gente na maior necessidade, precisando muito, também não colocaram os créditos de passagem no cartão. Eu já peguei dinheiro emprestado para ir trabalhar. Mas agora vou ter que faltar o serviço, pois não tenho mais como ficar pegando emprestado”, desabafou a profissional.

Redação PNB