Um grupo de servidores que atua na Unidade de Pronto Atendimento- UPA de Juazeiro procurou nossa redação, pedindo absoluto sigilo por temer retaliações, para relatar diversas situações que estariam ocorrendo na unidade. As acusações pesam contra a diretora que assumiu o cargo recentemente. O grupo acusam a diretora de perseguir servidores, de hostilização, assédio moral e ameaças.
“Está terrível para nós trabalharmos na UPA. Muitas situações desagradáveis vem acontecendo desde que a nova diretora assumiu. Os profissionais se calam por medo de serem perseguidos ou perderem o emprego, pois a maioria que trabalha lá é contratado e teme ficar sem seu emprego. Trabalho há anos na UPA e nunca vi uma situação desta. O clima está horrível, os profissionais, principalmente os de nível médio, já chegam para trabalhar tensos, alguns já tomando remédios para enfrentar o ambiente hostil. A diretora grita no meio corredor, na frente dos pacientes, humilhando os funcionários. Exige que sirva o almoço na sala dela, obriga a fazer favores pessoais e não respeita ninguém”, denunciou um servidor.
Outra profissional de saúde também expressou seu desabafo: “Procuro este blog, porque já não sei mais a quem recorrer. Eu venho sofrendo perseguição, humilhação, por parte da diretora da UPA de Juazeiro. Ela grita com a gente, obriga a gente a ficar sendo um serviçal dela. Para se ter uma ideia, têm colegas que são obrigados a ir lá todos os dias perguntar o que ela deseja comer. Fui contratada para servir aos pacientes e à população de Juazeiro, mas ela nos obriga a servir os caprichos pessoais dela e fica perseguindo os profissionais que não atendem aos seus desejos pessoais. Tem funcionário que vem sendo obrigado a ficar no sol quente esperando para abrir o portão quando ela chega e atender aos caprichos e desejos dela. Ameaça de nos transferir da upa, pois deve ter um padrinho muito forte. Hoje venho trabalhando com medo de perder meu emprego. Sou mãe de família, preciso trabalhar, mas eu e meus colegas estamos adoecendo e isso prejudica o atendimento aos pacientes. Quem trabalha bem, se sentindo amedrontado? A gestão já tem ciência, a Ouvidoria também, e ninguém faz nada. Venho pedir socorro para que nos olhem e nos escutem. Se a gestão não confiar na queixa de nós servidores, que mande uma equipe ouvir os funcionários, dos médicos aos serventes, ao pessoal da limpeza, da copa, pois esses vem sofrendo muita humilhação”, relatou.
“A diretora trata as pessoas com falta de respeito, é irônica, ríspida, inclusive alguns profissionais já estão tomando remédios psicotrópicos por conta dessas situações, pois os relatos de perseguições a determinados profissionais tem gerado um ambiente de medo e insegurança. Frequentemente ocorrem insinuações, em tom de superioridade, dando a entender que qualquer profissional pode ser transferido ou demitido a depender da vontade da direção, o que configura abuso de poder”, contou outro servidor.
“Outro relato chegou de um acompanhante de usuário: “Recentemente estive na Upa com um familiar e me deparei com uma cena que me deixou chocado. Vi uma mulher muito bem vestida, porém sem educação e, de forma muito arrogante, falando alto, quase gritando com um dos profissionais de lá que não sei se era técnico ou enfermeiro. Só sei que tudo isso aconteceu em pleno corredor da UPA. Procurei saber quem era a pessoa e me falaram que era a diretora de lá. Foi constrangedor, principalmente para o funcionário que foi repreendido no meio de todo mundo”, observou o acompanhante.
Eles ressaltaram que as reclamações já foram enviadas para a Ouvidoria, mas até o momento não houve nenhuma atitude da gestão e a “situação só piora”. Indignados, os profissionais apelam para que o Prefeito Andrei Gonçalves intervenha e adote alguma providência.
“Prefeito, lembra que na campanha política o senhor falou que só iria colocar à frente dos serviços pessoas técnicas e humanas? Pois é, estou aqui pra te dizer que na UPA está acontecendo o contrário. A nova diretora tem tratado os funcionários, principalmente os de nível médio com muita arrogância. O Senhor chama isso de “pessoas técnicas”? Cuidado, porque pessoas assim podem acabar com a reputação de sua gestão, pois como o senhor sabe a UPA é a única unidade portas abertas que temos e precisa de profissionais competentes que transmitam respeito a todos os seus servidores. Pedimos que o senhor venha fiscalizar essa situação e ouvir os servidores”, concluiu.
Encaminhamos as reclamações diretamente para o Secretário de Saúde e estamos solicitando uma resposta a Sesau.
Redação PNB