Profissionais de educação procuraram nossa redação para denunciar uma situação que, segundo eles, estaria ocorrendo na Escola Municipal Professora Maria Franca Pires, em Juazeiro, Norte da Bahia, que funciona em tempo integral. De acordo com o relato, uma medida recente proibiu os professores de consumirem alimentos da merenda escolar. A nova norma, no entanto, não vale para outros trabalhadores que atuam na unidade escolar, o que para eles configura “tratamento desigual” e é “discriminatória, excludente e desvalorizadora da função docente”.
“Recentemente, foi imposta uma determinação que proíbe os professores de se alimentarem da merenda escolar, mesmo estando em jornada integral de trabalho, cumprindo carga horária extensa e dedicando-se diretamente ao atendimento e acompanhamento pedagógico dos estudantes. Entretanto, observa-se que funcionários da cozinha, pessoas da equipe administrativa, da secretaria e até mesmo a gestora continuam tendo acesso normalmente à alimentação da escola”, denunciaram.
Eles destacaram ainda que “a merenda escolar, em unidades de tempo integral, é fundamental não apenas para os alunos, mas também para os profissionais que permanecem durante todo o dia na escola, sem intervalo adequado para buscar alimentação fora do ambiente escolar. Essa prática de negar merenda aos professores, ao mesmo tempo em que outros setores internos usufruem do benefício, representa uma ação discriminatória, excludente e desvalorizadora da função docente”.
O grupo pediu que a Secretaria de Educação de Juazeiro apure a denúncia.
“Solicitamos a apuração e providências diante de uma situação de tratamento desigual. Pedimos, de forma anônima e respeitosa, que esse fato seja averiguado com urgência, garantindo equidade, dignidade e respeito aos profissionais da educação que contribuem diariamente com o funcionamento e a qualidade da escola pública”, concluíram.
Procurada pelo PNB, a Secretaria de Educação de Juazeiro/Seduc informou “que realizará uma reunião com a gestora da unidade escolar nesta sexta-feira (25), para apurar a situação”.
Redação PNB