Coordenador faz avaliação do Carnaval de Juazeiro e diz que o evento não foi privatizado

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No último dia do Carnaval de Juazeiro 2018, o portal Preto No Branco registrou as reclamações de foliões e comerciantes sobre uma determinação da coordenação do evento, que proibiu a entrada de cooler, garrafas plásticas com bebidas e até copos no Polo João Gilberto, que ficava localizado na Orla 2.

“Essa atitude de não poder entrar nem com um copo é autoritária e sem sentido. Chega a ser uma imbecilidade. Isso é um absurdo e precisa-se discutir isso com a prefeitura. Tem muita gente que quer ir a festa e não pode pagar cinco reais por uma lata de cerveja, por exemplo. Alguns preparam sua bebida em casa e levam em garrafas  plásticas, o que é normal. Carnaval é uma festa de rua e a rua é do povo. Absurdo você ter que dispensar a bebida que está no copo para poder ter acesso a orla 2. Que legalidade tem nessa decisão, é o que eu questiono”, reclamou o professor Josemar Pinzoh, em contato com nossa redação.

Também insatisfeito com a situação, o comerciante Juthai Xavier relatou ao PNB que empresa que ganhou a licitação para organizar a festa, determinou que a venda de cerveja em latões não seria permitida. No entanto, ainda de acordo com ele, não houve fiscalização e muitos ambulantes não cumpriram a determinação, prejudicando os demais comerciantes.

“Se do meu lado, estão vendendo latão por cinco reais, como vou vender a lata menor por cinco reais? Não houve fiscalização e muitos de nós estamos prejudicados, no prejuízo mesmo. Tive que baixar o preço e vender três latas por dez reais, para tentar recuperar o prejuízo. Mas vou devolver as caixas de cerveja que comprei na empresa de Abdon. Já que ele não cumpriu com a palavra dele de que haveria fiscalização, eu também não tenho obrigação de cumprir com o acordo feito e ficar no prejuízo”, declarou Juthai.

Na ocasião, em contato com o PNB, Samuel Moraes informou apenas que a proibição da entrada de cooler no circuito era para atender a uma norma de segurança. Clique aqui e veja a matéria na íntegra.

Hoje (30), durante uma coletiva de imprensa, o Coordenador do Carnaval de Juazeiro 2018, afirmou que a festa desse ano foi uma das maiores já realizadas em Juazeiro, e avaliou que o evento não foi privatizado, apesar de considerar importante a participação da iniciativa privada em bancar as despesas do evento. “(É necessária) para redução dos custos” com o dinheiro público, disse Samuel.

Sobre a determinação de proibir a entrada de cooler, garrafas plásticas com bebidas e copos no Polo João Gilberto, que fica na Orla 2, o que gerou indignação aos foliões, Samuel voltou a afirmar que tudo foi pensado para garantir a segurança. “Para o folião entrar com um cooler, por exemplo, como tem muita gente entrando de vez no evento, não tem como parar de um por um para descarregar e ver o que tem dentro”, disse.

No evento Samuel ressaltou ainda que a rede hoteleira teve taxa de ocupação, em média, de 90%, sendo que alguns hotéis tiveram preenchimento máximo.

A coletiva contou com a participação de Policiais Militares, Bombeiros, representantes da Guarda Municipal e da Companhia de Segurança, Trânsito e Transportes (CSTT) de Juazeiro, além de autoridades políticas.

Da Redação

Foto: Ascom PMJ

3 COMENTÁRIOS

  1. Resumidamente, concordou com a prática ilegal. Feriram os direitos constitucionais dos cidadãos.
    É cabível denúncia no MP e na corregedoria da PM.
    Eleições estão chegando. Espero que o povo desperte!

  2. Se o evento não foi privatizado porque impediram as pessoas de levar sua própria bebida?nos Carnavais de antigamente a gesta era do povo,tinham liberdade de fazerem o que bem quisessem dentro dos seus limites.E desde quando eles vão dezer que não foi privatizado?

  3. Parabéns pelo sucesso da festa, senhor coordenador!
    O “pensamento em segurança” ao BARRAR a entrada de bebidas em coolers FOI GENIAL. Imaginem os mais variados tipos de armamento que poderiam entrar nesses recipientes… Bem como nos ESQUEEZES, CANECAS, GARRAFAS DE ÁGUA MINERAL, LATINHAS, COPOS DESCARTÁVEIS, COPO DE CAFEZINHO, que também foram impedidos de entrar.
    Acredito que montar barreiras em todos os circuitos para, pelo menos, realizar uma revista pessoal em quem tivesse acesso a festa era totalmente desnecessário. Afinal, os casos de violência só estavam sujeitos a acontecer na festa da orla 2.
    Parabéns por terem pensado exclusivamente na população quando fecharam a parceria com a iniciativa privada. Os ambulantes que ficaram de fora da parceria e os que foram explorados pela empresa parceira agradecem.

    No quesito FANTASIA vocês tiraram nota 10.

    Já pensando na nota da EVOLUÇÃO para 2019, assumam os equívocos cometidos e parem FAZER o povo de besta.

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