Fred Pontes renuncia a ACONS, após grande repercussão de sua condenação por crime sexual na imprensa nacional

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O juazeirense Frederico Figueiredo Pontes, Fred Pontes, como é conhecido em sua cidade natal, Juazeiro, na Bahia, renunciou do cargo de presidente da Associação Nacional dos Conservadores (ACONS). A decisão, anunciada nesta quarta-feira (16), foi tomada após vários veículos da imprensa nacional repercutirem sua condenação, a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por atentado violento ao pudor (hoje crime análogo à estupro de vulnerável). O crime aconteceu em 24 de julho de 2006, e a vítima, aluna do Colégio da Polícia Militar e que na época tinha 10 anos, acusou o músico, que tinha 30 anos, de tê-la abordado com o intuito de que ela pegasse no seu órgão sexual.

Conforme publicou o PNB no dia 16 de setembro, o processo judicial de número 0002298-56.2007.8.05.0146 tramitou na Vara Crime de Juazeiro por cerca de 12 anos. O Tribunal de Justiça da Bahia, por unanimidade, manteve a decisão do Juiz Paulo Ney de Araújo que condenou o músico a seis anos de prisão, em regime semiaberto.

Utilizando como fonte reportagens do Portal Preto No Branco, de Juazeiro, veículos de comunicação nacionais, como “Diário do Centro do Mundo”,  “Revista Fórum”, “Pragmatismo Político”, “Gazeta do Maranhão”, “Brasil 247”, “Bocão News”, entre outros, publicaram matéria sobre a condenação do músico, fazendo um apanhado de outras situações em que Fred Pontes foi acusado de agressão à mulher, injúria e difamação, casos registrados na Polícia Civil de Juazeiro e Petrolina.

O músico era presidente da Acons há cerca de três anos. Na última eleição, realizada ainda este ano, Fred foi reeleito. Na Carta de Renúncia, o juazeirense não deixou claro os motivos pelos quais estaria passando o cargo ao vice-presidente, Breno Paradelo Garcia. Fred apenas salientou os feitos realizados durante seu período na presidência e ressaltou que começou a travar essa guerra contra “o mal esquerdista” desde o berço, ao citar seus pais.

Fred finaliza a nota afirmando que está retornando “aos braços do meu povo, da minha família, da minha Juazeiro”.

Leia na íntegra

Carta de Renúncia.

Venho através destas breves mas decididas palavras, respeitosamente, dirigir-me perante a Diretoria Executiva da ACONS – Associação Nacional dos Conservadores, para comunicar minha renúncia da honrosa cadeira da presidência desta nobilíssima instituição. 

Informo que a partir desse instante passo a presidência da ACONS para as mãos preparadas e capazes do meu vice-presidente, o sr. Breno Paradelo Garcia.

A três anos atrás, me foi concedida a maior honraria que tive nesses 43 anos de vida, presidir a Associação Nacional dos Conservadores. Missão esta, confiada a mim pela maioria absoluta de votos em eleição direta.

Entrego a associação, tenho certeza absoluta, em condição melhor do que recebi. Nesses três anos de mandato (sendo esse último ano de 2019, reeleito por unanimidade), nossa Diretoria Executiva atingiu o ponto máximo que foi o registro oficial da ACONS. Mas não ficamos somente nisso. Foram três assembleias gerais, três congressos e dezenas de ações efetivas nos estados e municípios do Brasil.

O orgulho de conviver com cada um dos diretores regionais, com cada membro desta dileta e fraternal família, é incontestável.

Um sertanejo que traz no seu peito o crepitar infindável de suas tradições, foi alçado à presidência da única associação de conservadores no Brasil.

Honrei e dignifiquei a missão diária com a bravura dos fortes, a humildade dos que servem, a firmeza dos justos, a simplicidade dos que aprendem e a obstinação dos que lideram.

Não comecei a travar essa guerra contra a esquerda a partir da minha entrada na ACONS. Não. Minha batalha contra o mal esquerdista vem do berço. Foi herdada de meu pai (bravo combatente da Arena), e de minha querida e amada mãe (que traz na alma e na vida, toda a tradição e cultura do povo da minha saudosa Juazeiro da Bahia).

Essas batalhas travadas no campo do real e do concreto, deixaram-me marcas profundas e indeléveis. Fui muitas vezes alvejado mas mantive-me de pé.

Uma dessas marcas de guerra ainda irá demorar mais alguns anos para cicatrizar.

Firme no propósito de seguir servindo ao meu país, a ACONS, a Bahia e a minha terra natal, Juazeiro, é que me ausento da cadeira de presidente da Associação Nacional dos Conservadores – ACONS, com a certeza do dever cumprido.

Agradeço a confiança inquebrantável, a generosidade, a paciência, o aprendizado e a lealdade de cada um dos membros da ACONS.

Somos uma família. Um Clã. Leões e Leoas com a missão de defender incansavelmente a Casa Real de Maria.
Estarei sempre de pé e à ordem, ombro a ombro com cada um de vocês.

Jamais nos vergaremos perante o inimigo. Somos homens da guerra. Venceremos indubitavelmente. Nenhum flagelo haveremos de temer. Vamos continuar como gládios açoitando os inimigos incansavelmente onde estivermos.

Irmãos, nosso destino é a vitória.

Humildemente me retiro.

Retorno aos braços do meu povo, da minha família, da minha Juazeiro.

Sempre soube de onde vim e para onde devo voltar.

É a ACONS!

Rio de Janeiro, 16 de Outubro de 2019

Frederico Figueiredo Pontes

Da Redação

4 COMENTÁRIOS

  1. Além dos erros ortográficos, declina nas entrelinhas o ranço do tempo da escravidão e da incapacidade de conviver com as correntes progressistas que lutam por reformas mais igualitárias.

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