A crise política do nosso tempo agravou a dificuldade que boa parte da sociedade brasileira possui em distinguir a crítica da ofensa. Enfrentamos os excessos de opinião com escassez de reflexão. Terrível dilema para o desafio histórico da superação de velhas contradições.
A crítica exige abstração, cobra daquele que a pratica: distanciamento dos fatos, argumentos sólidos, postura ética e compromisso com a sociedade em que vive. A ofensa elimina a abstração, conduz aquele que a pratica a palavrórios pautados por uma relação imediata e furiosa com os fatos. Enquanto a crítica produz conceitos que elevam nossas ações, a ofensa espalha ódio, reduz o pensamento e rebaixa ofensores e ofendidos.
Primeiro exemplo. A crítica da corrupção elevou o debate público no Brasil sobre o colapso dos modelos de governo pautados em alianças feitas a qualquer custo para a manutenção do poder pelo poder. Da esquerda para a direita, lideranças políticas, intelectuais e ativistas de diferentes causas contribuem significativamente para a qualificação deste debate. O problema é que estas contribuições não alcançam parcelas significativas da população e ficam restritas as círculos sociais muito fechados.
Segundo exemplo. A ofensa pessoal aos políticos contagia a população brasileira. Faz circular a infâmia. Inflama os ânimos das pessoas. Rende bravatas grotescas em que prima o sarcasmo, o denuncismo vazio e o prazer na ridicularização dos ofendidos. A imagem da Presidente Dilma (em posição ginecológica) na boca dos tanques de combustíveis em vários automóveis no ano de 2015 foi uma das mais deploráveis campanhas da ofensa gratuita, vulgar e odiosa que circulou entre nós.
A crítica qualificada não consegue transformar em ampla escala o pensamento nacional e, por tabela, não consegue elevar nossa dignidade civilizacional enquanto povo. A ofensa rasteira se multiplica feito praga e avaria nossa competência para transformar a história. O saldo deste descompasso é uma gritante incapacidade de projetar no presente um futuro que nos traga de volta a democracia.
-Álamo Pimentel éjuazeirense, poeta, ensaísta,pedagogo, especialista em antropologia, doutor em educação, pós doutor em sociologia do conhecimento e professor da Universidade do Sul da Bahia.
Segundo informações, após sofrer duas paradas cárdiacas na madrugada de hoje (22), a ex-Deputada, Presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT) e Professora, Isabel Cristina, não resistiu e faleceu nessa manhã.
Isabel sofria com câncer de mama e desde a semana passada estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Neurocárdio, em Petrolina-PE, em coma induzido, devido à complexidade de duas cirurgias no cérebro a que foi submetida.
Isabel completaria 62 anos na próxima quarta-feira (29). De acordo com informações, o corpo da ex-deputada será levado para o Velório Central da cidade, mas ainda não foi confirmado o horário.
O Portal Preto no Branco lamenta a morte de Isabel Cristina, uma mulher de grande importância não só para a política de Pernambuco, mas também para a educação.
O resultado do vestibular 2016.2 da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) foi divulgado ontem (21), às 22h.
Segundo a comissão organizadora do processo, o listão com o nome dos aprovados sairia na segunda-feira(20), mas problemas operacionais impediram a divulgação. O resultado estará disponível na página eletrônica da Facape (www.facape.br), na seção ‘Vestibular’.
O esquema criminoso investigado na Operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira (21), pode ter financiado a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010, segundo a Polícia Federal. Também teria envolvimento com a compra do avião Cessna Citation que caiu em Santos (SP), em agosto de 2014, causando a morte do presidenciável.
“O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do governador”, afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista coletiva no Recife.
O senador Fernando Bezerra Coelho(PSB-PE), ex-ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff (PT), seria um dos suspeitos de negociar o envio de dinheiro do esquema criminoso para a campanha de Campos em 2010.
“O indicativo que a gente tem é que Fernando Bezerra Coelho teria sido a pessoa encarregada de colher, digamos assim, os valores do percentual devido para a campanha do ex-governador. Teria-se feito um esquema criminoso”, disse a delegada Andrea Pinho. Segundo ela, ainda não é possível afirmar que Bezerra integrava o esquema, porque ele é investigado em outro inquérito, que está no STF.
“Tudo começou com a história do avião, mas agora queremos desarticular toda essa organização. Quem são os envolvidos, o que fizeram e quem foram os beneficiados”, completou o delegado Daniel Silvestre.
A assessoria de Fernando Bezerra Coelho divulgou nota repudiando a “incorreta vinculação do nome dele à ‘Operação Turbulência’, uma vez que o senador não é sequer mencionado nos autos desta investigação”.
Bezerra Coelho afirmou ainda que não foi coordenador das campanhas de Eduardo Campos nem em 2010 nem em 2014. Quanto à investigação que tramita STF, ele disse que “sempre esteve à disposição para colaborar”.
Veja Nota oficial
“O senador Fernando Bezerra Coelho repudia a incorreta vinculação do nome dele à “Operação Turbulência”, uma vez que o senador não é sequer mencionado nos autos desta investigação. Além disso, Fernando Bezerra afirma que não foi coordenador das campanhas de Eduardo Campos, à Presidência da República, nem em 2010 nem em 2014; não tendo, portanto, exercido qualquer função financeira nas campanhas de Campos.
Quanto à investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) – ainda não concluída –, Fernando Bezerra Coelho ratifica que sempre esteve à disposição para colaborar com os ritos processuais e fornecer todas as informações que lhe foram e, porventura, venham a ser demandadas. O senador reitera, ainda, que mantém a confiança no trabalho das autoridades que conduzem o processo investigatório no STF, acreditando no pleno esclarecimento dos fatos”.
O Tribunal de Justiça da Bahia aprovou por unanimidade na última sexta-feira (17) Moção de Aplausos à nomeação da desembargadora Luislinda Dias Valois Santos para a Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial, subordinada ao Ministério da Justiça.
Os desembargadores Lidivaldo Britto e Baltazar Miranda Saraiva, Membros da Comissão Temporária de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos do Tribunal enalteceram Luislinda e a parabenizaram pelo convite, assim como o desembargador Eserval Rocha.
Em entrevista ao Varela Notícias na semana passada, Luislinda, que foi a primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil, contou o que pesou para aceitar o convite do presidente interino Michel Temer (PMDB).
“Tudo pesou pra eu aceitar. A responsabilidade principalmente, não é um momento bom para o país, o Brasil não está num momento muito animador. Está em um momento em que todos nós brasileiros precisamos dar as mãos, porque quando o Brasil melhora, todos nós melhoramos. Depois que eu me reuni com minha família, eu decidi aceitar a proposta”, disse.
Ela também destacou o fato de ainda haver discriminação no Brasil mesmo nos dias atuais. “O nosso Brasil desde a época do império é um país eminentemente branco e machista, então não é novidade nenhuma que a situação persista até o dia de hoje. Cabe a nós brasileiros, brancos, negros, pobres, homens e mulheres, lutarmos para mudar essa situação que não acontece de hoje”, falou.
Na tarde de ontem, 21, o prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, juntamente com o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, esteve reunido na sede da FIEPE, na vizinha cidade, quando foi apresentado a empresários e investidores o projeto do Anel Viário que envolve as duas cidades ribeirinhas.
De acordo com os idealizadores, os chefes dos executivos de Juazeiro e Petrolina, é um projeto bastante audacioso, mas que deixará as cidades planejadas e com boas prospecções para o futuro. “A tendência é que as duas cidades se tornem grandes centros distribuidores do Nordeste. Teríamos conexões entre ferrovias, rodovias, aeroportos e a Hidrovia do São Francisco. Acreditamos que é possível e vamos fazer o máximo para que seja viabilizado”, garantiu o prefeito Isaac Carvalho.
Para o prefeito de Petrolina, desde 2009 ele e Isaac têm realizado encontros para debater estratégias de crescimento para o Vale. “A ideia é criar um novo modal de transportes. Um anel viário que englobe Petrolina e Juazeiro. Nós maturamos esta ideia juntos, o nosso corpo técnico já consolidou o projeto, com orçamento e agora estamos abrindo o diálogo para a participação do empresariado. É um projeto de longo prazo, mas nos consolida como grande área de desenvolvimento”, enfatizou Lóssio.
O diretor do grupo Rocha, com sede em Petrolina, Antônio Cláudio Sá Barreto Couto, foi taxativo. “Será o ‘arco do futuro’ para as duas cidades”.
O Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE/BA), em parceria com a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Educação e Esportes – SEDUC, realiza nos dias 04 e 05 de julho, a 17ª Reunião Conjunta dos Conselhos de Educação Estadual e Municipais da Bahia e o 18º Encontro Estadual da UNCME – Bahia. O evento acontece das 9h às 17h, na Univasf, em Juazeiro.
Este ano, o CEE/BA e a UNCME-BA se uniram para preparar o encontro, na busca por proporcionar um evento plural e aprofundar mais na discussão de importantes temas da área, constituindo um espaço de troca de experiências, de orientação e de planejamento para o futuro, no campo da Educação do Estado.
As diferentes palestras e debates terão como foco principal o Plano Estadual e os Planos Municipais de Educação da Bahia. Há um grande movimento no Brasil para que o Plano Nacional de Educação (PNE) se concretize e assim assegure os direitos constitucionais. Na Bahia, os planos estadual e municipais em vigor estão em fase inicial de execução, o que exige acompanhamento sistemático.
De acordo com os organizadores, por este motivo optou-se, no evento, por discutir o que compete nesse processo, aos conselhos estadual e municipais de Educação, já que o acompanhamento sistemático do cumprimento das metas, segundo a Lei do PNE, aponta para a necessidade de monitoramento continuo e avaliações periódicas, com envolvimento das instâncias responsáveis e a devida mobilização social.
O evento contará com a presença de técnicos do Conselho Estadual de Educação da Bahia, que estarão à disposição dos participantes para esclarecer dúvidas das mais diversas demandas, além de secretários e conselheiros municipais da Educação, diretores e professores de escolas, estudiosos e demais gestores da área.
A 17ª Reunião Conjunta do Conselho Estadual com os Conselhos Municipais de Educação da Bahia e o XVIII Encontro Estadual da UNCME-Bahia são uma realização do CEE/BA, da UNCME-BA e da Secretaria Estadual da Educação da Bahia, em parceria com a Prefeitura, através da SEDUC e do Conselho Municipal de Educação de Juazeiro.
A Operação Turbulência, desencadeada nesta terça-feira (21), tem como alvo empresas envolvidas na compra do avião, que teriam ligação até com o esquema investigado pela Operação Lava Jato. Algumas delas seriam de fachada, segundo a PF.
Há a suspeita de que parte do dinheiro movimentado serviu para pagar propina e formar “caixa dois” de empreiteiras.
Presos em São Paulo na Operação Turbulência da PF, empresários chegam ao Recife escoltados por policiais (Foto: Reprodução/TV Globo)
Presos
Os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite foram presos quando desembarcavam em São Paulo, mas foram levados para o Recife e chegaram ao Aeroporto dos Guararapes às 9h50.
Mello Filho seria um dos donos do jato que levou Eduardo Campos, segundo a empresa AF Andrade, que tem o registro da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em 2014, o PSB afirmou que o uso do jato na campanha eleitoral havia sido autorizado por Mello Filho e Apolo Santana Vieira.
Vieira, que também empresário, foi preso em uma academia, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana. Arthur Roberto Lapa Rosal foi preso em casa, em Vitória de Santo Antão, na Mata Norte de Pernambuco. O quinto mandado, ainda em aberto, é para Paulo César de Barros Morato.
A previsão é que os presos prestem depoimento na sede da PF, no Cais do Apolo, região central do Recife, e depois sejam encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
O G1 entrou em contato com a família de Eduardo Campos, mas ainda não obteve resposta, e procura os advogados dos presos durante a operação. O PSB nacional informou que está em reunião e, somente após o encontro, vai se manifestar. O Governo de Pernambuco informou que aguarda o resultado da coletiva da PF sobre o assunto, prevista para a manhã desta terça, para comentar o assunto.
Operação Turbulência
Duzentos policiais federais cumprem 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, 24 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva.
Também estão sendo cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa.
Os mandados judiciais são cumpridos em 18 locais de Pernambuco, além do Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital.
Os agentes estiveram nos seguintes bairros do Recife: Boa Viagem, Pina, Ibura e Imbiribeira (Zona Sul), Espinheiro, Alto Santa Terezinha (Zona Norte), além de Cordeiro e Várzea (Zona Oeste). Também houve ação nas cidades de Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Vitória de Santo Antão, Moreno e Lagoa de Itaenga, além de Goiânia e Aparecida de Goiânia (GO).
Suspeitas da PF
A investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citattion prefixo PR-AFA.
A Polícia Federal constatou que essas empresas eram de fachada. Elas foram constituídas, de acordo com a PF, em nome de laranjas. Os sócios investigados são apontados como responsáveis por diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas. Durante as apurações, os agentes chegaram até nomes conhecidos de grupos citados na Operação Lava Jato.
Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas servia para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. A Polícia Federal informa que o esquema criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010. O grupo atuava em Goiás e Pernambuco.
Investigados
Eduardo Ferreira Bezerra Leite, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Apolo Santana Vieira foram citados em documentos da operação de compra e venda do jato Cessna, utilizado pela comitiva. O dinheiro usado para pagar o avião teria passado por escritórios em Brasília e São Paulo, além de uma peixaria fantasma em uma favela do Recife.
Os extratos entregues à Polícia Federal mostram o recebimento de 16 transferências, de seis empresas ou pessoas diferentes, num total de R$ 1.710.297,03. Nesses documentos, aparecem os números do CPF das pessoas físicas ou do CNPJ das empresas que transferiram dinheiro para a AF Andrade, então dona da aeronave, segundo a Anac. Com esses números foi possível chegar aos donos das contas.
Uma das empresas citadas, a Leite Imobiliária, pertence a Eduardo Bezerra Leite e recebeu R$ 727 mil, em 15 de maio, segundo os extratos – essa transação seria apenas um dos negócios envolvendo o jato. João Carlos Pessoa de Mello Filho teria recebido repasses de R$ 195 mil, da AF Andrade, mas a empresa afirmou que já tinha repassado a aeronave para outro empresário, que emprestou para a campanha de Campos.
À época, o empresário João Carlos Lyra declarou que, para honrar compromissos com a empresa AF Andrade, fez vários empréstimos com o objetivo de pagar parcelas atrasadas do financiamento do Cessna. A Leite Imobiliária confirmou que transferiu quase R$ 730 mil para a AF Andrade, como um empréstimo a João Carlos Lyra. O PSB declarou, na época, que o uso do avião foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.
Operação Turbulência da PF mobilizou 200 agentes da PF (Foto: Divulgação)
O acidente
A queda da aeronave ocorreu por volta das 10h do dia 13 de agosto de 2014, em um bairro residencial de Santos. O então candidato tinha uma agenda de campanha na cidade. O avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá.
Além de Campos, outras seis pessoas estavam na aeronave: Alexandre Severo Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor; Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto; Marcos Martins, piloto; Pedro Valadares Neto e Marcelo de Oliveira Lyra.
O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o acidente aéreo, que foi divulgado em janeiro, apontou quatro fatores que contribuíram para a queda do avião. São eles: a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo. Também há fatores que podem ter contribuído, mas que não ficaram comprovados, como uma eventual fadiga da tripulação.
A defesa dos familiares do piloto e do copiloto do avião que caiu afirmou ao G1, na época, que seus clientes ficaram “inconformados”. O advogado Josmeyr Oliveira, responsável pela defesa dos familiares dos pilotos, reclamou na ocasião que, na opinião dele, o documento “deposita toda a culpa pela tragédia” sobre a tripulação e não avança sobre possíveis falhas da própria aeronave.
De acordo com um levantamento feito pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), esse ano 87 cidades do estado reduzirão as festas juninas, bem como 28 cancelaram as celebrações, e outras 22 ainda não decidiram se irão ou não comemorar. A argumentação é a falta de verba por conta da crise econômica.
Enquanto isso, Petrolina localizada no sertão do estado, está realizando desde a última sexta-feira (17) o São João do Vale 2016. De acordo com a Prefeitura Municipal, de cerca de 6 milhões de reias foram investidos para a realização de nove dias de festa.
Os gastos com as atrações dos festejos juninos de Petrolina e de outras cidades do estado vem gerando alguns questionamentos. O diretor do campus local da Universidade de Pernambuco (UPE), Moisés Almeida, por exemplo, divulgou em suas redes sociais um texto onde lamenta que os investimentos federais, estaduais ou municipais usados para a contratação de atrações para os festejos juninos, sejam equivalentes aos custos necessários para manter a universidade por um período de cinco meses.
Confira o texto na integra:
“Estou tendo a maior dificuldade para gerir o Campus da UPE em Petrolina. Publiquei ontem nossa prestação de contas referente aos meses de janeiro a maio deste ano. Foram executados R$ 559 mil na manutenção dos prédios, pagamentos dos consumos de água, energia elétrica, telefonia e teleprocessamento; Vales transporte, estagiários, serviço terceirizados em portaria, limpeza, pedreiro, motorista e eletricista entre outras despesas.
Vou repetir: R$ 539 mil para todas as despesas de janeiro a maio. Sabe qual é a minha revolta? os poderes constituídos, sejam eles federal, estadual ou municipal, chegam a pagar por duas horas de show nas festas juninas a bagatela de R$ 575 mil. Inversão total de prioridades. Enquanto isso nas escolas, nos hospitais, nas Universidades e nos bairros periféricos…
Professor Moisés Almeida/Diretor da UPE Petrolina .”